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21/Set/2020

Preços internos do arroz devem recuar só em 2021

Segundo o Itaú BBA, o arroz deve ter mais oferta e menor preço ao consumidor só a partir de 2021. Há perspectivas de melhora da oferta e menores preços aos consumidores, mas isso tende a ocorrer apenas no início do próximo ano com a entrada da nova safra. A isenção de impostos de uma cota de arroz importado de fora do Mercosul não deve ter efeito significativo nos preços domésticos do alimento e serve principalmente para aumentar a disponibilidade do produto.

Isso porque o volume da cota, de 400 mil toneladas, equivale a cerca de 15 dias de consumo. Além disso, o Real desvalorizado frente ao dólar faz com que o produto importado da Tailândia seja atualmente precificado posto Brasil ao redor de R$ 85,00 por saco de 50 Kg, o que não deixa espaço para grandes quedas. Também deve ficar no radar as condições climáticas para a próxima safra do arroz no Brasil, em especial a disponibilidade da água para plantações irrigadas.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que a área cultivada com arroz no Brasil na temporada 2020/2021 aumente 12%. Em contrapartida, a produtividade do grão pode registrar uma queda de 4%, o que levaria a uma colheita de 11,98 milhões de toneladas, avanço anual de 7,1%. O arroz teria perdido área de plantio nos últimos anos para outros alimentos, como soja e milho, em decorrência da menor rentabilidade da cultura.

Este ano, colaborou ainda para a alta dos preços a desvalorização cambial. A partir de março, houve também maior demanda, já que o consumo dentro de casa aumentou, algo que também ocorreu em outros países, alguns dos quais restringiram exportações. Além disso, há produtores mais capitalizados que preferiram continuar com o produto em estoque esperando os preços subirem.

Fonte: Agência Estado.