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16/Set/2020

Cigarrinha ameaça o arroz no Vale do Paraíba/SP

Uma nova praga, constatada no ano passado em arrozais do Vale do Paraíba, pode provocar prejuízos na safra 2020/2021, em fase de preparação na região, principal produtora do cereal no estado de São Paulo. A cigarrinha foi detectada em novembro do ano passado por agricultores e extensionistas da Casa da Agricultura, ligada a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS - mais conhecida como Cati, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

Segundo a Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer), a quebra de safra só não foi maior porque, quando a praga chegou, apenas parte da produção ainda estava no campo. Mas, ela destruiu tudo que encontrou pela frente. Ainda em novembro do ano passado, extensionistas enviaram um relatório para a secretaria notificando sobre a nova praga, também detectada em Estados da Região Sul do Brasil. Como não há agrotóxico eficiente para combater a cigarrinha, será preciso um trabalho de extensão rural para identificar a origem e implementar um controle biológico, com a utilização de fungicidas.

Diante de um quadro grave como este no Vale do Paraíba, com riscos reais dessa praga se espalhar para todo País, os extensionistas estão com sérias dificuldades para exercer o papel no campo. Além de estarem sobrecarregados com novas demandas criadas pela secretaria, que antes ficava a cargo da área ambiental do Estado, por causa da pandemia, o Estado limitou o trabalho de campo dos técnicos, que estão tendo que dar orientações a distância, um modelo que não funciona. Com a nova praga, alguns produtores perderam para a cigarrinha a maior parte da produção de 2020.

Além dos prejuízos, os produtores estão preocupados também com o fechamento de 574 Casas da Agricultura. O governo a anunciou a intenção de fechar as unidades e transferir a maior parte das demandas para o atendimento online, mas a Apaer reforça que é preciso cautela. Um estudo da própria Secretaria de Agricultura de Abastecimento de São Paulo mostra que apenas 12% dos agricultores do Estado usam internet e só 12% possuem computador. O cenário preocupa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.