28/Ago/2020
A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), vem, a público, por meio de seus representantes abaixo, externar a mais absoluta e total contrariedade ante a demanda apresentada junto ao Poder Executivo Federal de retirada temporária da denominada Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações de arroz, pelas razões que seguem. Primeiramente, conforme manifestações oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e números de estoque de passagem e projeção da safra 2020/2021 divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), inexiste risco ao regular abastecimento de arroz ao mercado consumidor.
Somado a isso, tem-se que a questão não possui qualquer unanimidade dentro da cadeia produtiva, vez que poderá reverter em prejuízos e falta de competitividade para indústrias de pequeno porte e cooperativas, na medida em que inexiste a possibilidade de competição destas com grandes aglomerados do País que possuem recursos operacionais e financeiros para a importação de arroz, fato que seria um desserviço ao interesse público e a geração de riqueza e distribuição da renda do País.
Ademais, não menos importante ressaltar que os preços do arroz alcançados ao produtor se revelam, após inúmeros anos de prejuízo, remuneradores. Contudo, a par disso, o arroz ofertado ao consumidor no varejo se revela acessível à todas as classes sociais. Limitado ao exposto, a Federarroz, por fim, reforça seu compromisso, mesmo nos momentos mais difíceis, de adotar as medidas aptas a garantir a segurança alimentar do povo brasileiro mesmo em meio a pandemias como a do Covid-19. Assinam a nota: Alexandre Azevedo Velho (Presidente da Federarroz) e Roberto Fagundes Ghigino (Vice-presidente da Federarroz).
Fonte: Federarroz.