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28/Ago/2020

Setor produtivo contra suspensão da TEC do arroz

O setor produtivo é contra a suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC) do arroz. Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), uma medida como essa seria um desestímulo à recuperação do setor produtivo, que vem amargando prejuízos há mais de quatro safras. O Rio Grande do Sul representa 70% da produção nacional do cereal. Segundo a entidade, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que há arroz suficiente no Brasil para atender à demanda até a entrada da próxima safra no mercado, em fevereiro de 2021. E ainda falta as indústrias informarem o quanto têm de estoque.

Em seu quadro de oferta e demanda, a Conab aponta que o País colheu 11,18 milhões de toneladas de arroz em 2019/2020, para um consumo de 10,8 milhões. Os estoques estão de fato apertados, estimados em 534,2 mil toneladas. A Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz), por sua vez, alega que o consumo nacional é de 616 mil toneladas por mês e que o País só terá disponível um volume médio mensal de 528 mil toneladas até fevereiro. Portanto, sustenta a entidade, haverá déficit. Para a entidade, ainda não faltou arroz no mercado, mas a situação é preocupante.

Os produtores estão sendo pressionados a vender, mas o preço hoje responde não só à demanda no Brasil, mas ao dólar em alta, aos preços internacionais também elevados e à paridade do Mercosul. Segundo o setor produtivo, os orizicultores que hoje têm o cereal são os mais capitalizados e apenas estão acompanhando esse cenário. A recomendação da Federarroz é de que todos os envolvidos mantenham o mercado abastecido. Se a TEC for de fato suspensa, a intenção dos produtores de aumentar a área plantada na safra 2020/2021 poderá não se concretizar e, neste caso, poderá realmente faltar arroz no prato do brasileiro. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.