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27/Ago/2020

Governo deve zerar TEC sobre arroz, soja e milho

O secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum, afirmou nesta quarta-feira (26/08) que o governo vai retirar temporariamente as tarifas de importação (TEC – Tarifa Externa Comum) do arroz, milho e soja de países de fora do Mercosul. Segundo ele, a medida será uma sinalização ao mercado para equilibrar os preços e combater impactos na inflação, já que o preço dos três produtos bateu recorde no mercado interno. Segundo o secretário, é uma sinalização clara que o governo está atento aos preços, para não permitir que cresçam para pressionar a inflação do país. A principal preocupação é com o arroz e os impactos ao consumidor final, já que o preço está acima dos R$ 100 por saco de 50 Kg em alguns lugares.

“É um alimento básico. Se tiver gente segurando arroz, especulando para aumentar preço, pode desovar, senão o Brasil vai importar arroz e equilibrar o mercado”, advertiu o secretário, destacando que o aumento dos preços também se deve à forte demanda internacional e à desvalorização do Real frente ao dólar. Na semana passada, a indústria beneficiadora de arroz apresentou a demanda ao ministério para retirada da Tarifa Externa Comum (TEC), atualmente em 12%, até fevereiro de 2021. O imposto é aplicado para compra de produtos de países fora do Mercosul. Para soja e milho, a alíquota é de 8%. O secretário não informou até quando valeria a isenção.

A medida deve ser votada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Halum afirmou também que não acredita na importação de volumes significativos de soja e milho, apesar da alíquota zerada. Segundo ele, dificilmente será importada alguma coisa. Temos grãos dentro do Brasil e vai normalizar comercialização com essa medida", avaliou. O problema é que os preços dispararam e não podemos proibir ninguém de exportar, segundo o secretário. Mas não vamos ter nenhum problema de abastecimento, está garantido e nossa luta é para controlar os preços, concluiu o secretário. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.