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21/Jul/2020

Comércio mundial de arroz deve crescer em 2021

De acordo com as estimativas mais recentes da FAO, a produção mundial em 2019 foi de 754,3 milhões de toneladas (500,8 milhões de toneladas base beneficiado), redução de 1,1% em relação a 2018. Em 2020, as primeiras projeções indicam uma recuperação de 1,7% para 766,8 milhões de toneladas (509,2 milhões de toneladas base beneficiado). Na China, a produção deve aumentar 0,4%, graças aos preços mais remuneradores ao produtor. Na Índia, também se espera um crescimento de 1% em relação a 2019. No Sudeste Asiático, especialmente na Tailândia, é esperado um aumento significativo na produção, apesar dos problemas de seca que afetaram a segunda colheita no meio do ano. No restante da sub-região, a produção deverá permanecer relativamente estável. Na África Subsaariana, especialmente nas regiões ocidentais, a estação chuvosa começou e a precipitação deve ser abundante, o que deve favorecer o desenvolvimento das culturas.

No continente africano, a produção pode aumentar 2,9% em relação a 2019. Em Madagascar, por outro lado, a produção de arroz pode diminuir 3,5%. No Mercosul, os resultados da campanha foram positivos, marcando um aumento geral na produção de arroz de 3% em relação a 2019. Também nos Estados Unidos, as colheitas devem melhorar consideravelmente em 2020, cerca de 17%, graças ao aumento da área plantada. Em 2019, o comércio mundial recuou 9% para 44,1 milhões de toneladas contra 48,5 milhões de toneladas em 2018. Em 2020, novas projeções indicam uma recuperação no comércio mundial de 1,8% para 44,9 milhões de toneladas. Em 2019, os principais importadores asiáticos, com exceção das Filipinas, reduziram suas demandas de importação. As importações da África também foram menores em 2019, apontando 16 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. A redução do comércio mundial em 2019 afetou principalmente a Tailândia, cujas exportações caíram 30%. Na Índia, houve também uma queda de 17% em 2019. Mas, as exportações da Índia devem se recuperar em 2020, consolidando sua liderança global.

A Tailândia, por sua vez, poderia ver uma queda adicional em suas vendas externas e até ceder o segundo lugar como exportador mundial para o Vietnã. As primeiras projeções para o comércio em 2021 indicam um aumento de 6% para 47,6 milhões de toneladas, ou 2,6 milhões de toneladas a mais que em 2020. Os estoques mundiais de arroz no final de 2019 aumentaram 4,7%, para 176,6 milhões de toneladas, em relação a 176,3 milhões de toneladas em 2018, atingindo o nível mais alto de todos os tempos. Essas reservas representam 37% das necessidades globais. A nova melhoria se deve principalmente ao aumento das reservas na China e na Índia, bem como na Indonésia. Os países exportadores também aumentaram suas reservas em 2019 para 45 milhões de toneladas, equivalente a 25% dos estoques mundiais. As estimativas para 2020 indicam uma leve queda de 0,6% para 183,5 milhões de toneladas. Essa contração pode continuar em 2021 com uma projeção de 182,2 milhões de toneladas, ou seja, 0,7% a menos que em 2020. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.