21/Jul/2020
A nuvem de gafanhotos que está na província de Corrientes, Argentina, pode chegar na próxima quarta-feira (22/07) ao Rio Grande do Sul, segundo técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado. O movimento migratório dos insetos foi impulsionado pela onda de calor que atingiu a região no último fim de semana. Até a manhã desta segunda-feira (20/07), estima-se que a nuvem esteja entre 120 Km e 130 Km da fronteira brasileira, do município de Barra do Quaraí no Rio Grande do Sul. O tempo quente e seco, favorável para a movimentação dos insetos, deve permanecer na região até a próxima quinta-feira (23/07). A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul informa que aumentou a vigilância sobre a possível entrada da nuvem no Estado.
A secretaria está apreensiva, mas preparada para o caso de uma eventual ocorrência da praga no Estado com um plano operacional de emergência. A eventual chegada dos insetos poderia afetar a área destinada às culturas de inverno e à pastagem. O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) informa que a nuvem de gafanhotos ainda restante no país permanece na província de Corrientes. Apesar da menor velocidade de movimentação, o Senasa não afasta a possibilidade de um novo deslocamento dos insetos, em virtude do aumento da temperatura na região desde domoingo (19/07). Em um possível novo voo, os insetos poderiam se deslocar para a província de Entre Ríos, fronteira com o Brasil.
Conforme o levantamento do Senasa, a área ocupada pelos gafanhotos abrange um perímetro de 2,7 quilômetros em 36 hectares. Estima-se que a nuvem tenha 400 milhões de insetos. E seu comunicado mais recente, publicado no sábado (18/07), o Departamento relatou que técnicos do governo argentino realizaram uma nova aplicação de inseticidas sobre a nuvem. Os produtores do Rio Grande do Sul monitoram também o deslocamento de outra nuvem de insetos no Paraguai. A nuvem está no Norte do país, cerca de 300 Km distantes da Argentina. Os técnicos do Serviço Nacional de Saúde e Segurança Vegetal do Paraguai (Senave) tentam localizar os insetos para aplicação de produtos químicos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.