15/Jun/2020
Segundo a FAO, a produção mundial em 2019 foi de 754 milhões de toneladas (ou 500,6 milhões de toneladas base beneficiado), 1,1% a menos que em 2018. A produção da China caiu 1,3%, enquanto a Índia teve aumento de 1%, assim como em Bangladesh. No Sudeste Asiático, especialmente na Tailândia, Vietnã e Birmânia, a produção recuou devido ao clima seco, forçando os produtores a reduzir as áreas de arroz e substituindo-as por culturas mais resistentes à seca. Na África Subsaariana, apesar das chuvas insuficientes, especialmente na África Ocidental, a produção teria aumentado 3%. Em Madagascar, as chuvas eram irregulares, mas os rendimentos teriam melhorado. No restante da África, a produção permaneceu relativamente estável. No Mercosul, as colheitas já terminaram e a produção de arroz em 2020 aumentou graças a maiores rendimentos.
Nos Estados Unidos, as colheitas apresentaram uma queda de 15% em 2019, mas é esperado um aumento em 2020, graças ao aumento das áreas plantadas. Na Ásia, também é esperado um aumento na produção 2020/2021, graças às condições climáticas normais e a preços mais remuneradores, especialmente na China, Paquistão e Tailândia. Na Índia, a produção também deve avançar. Em 2019, o comércio mundial diminuiu 9% para 44,1 milhões de toneladas, de 48,5 milhões de toneladas em 2018. Em 2020, novas projeções indicam um aumento no comércio mundial de 1,8% para 44,9 milhões de toneladas. Em 2019, os principais importadores asiáticos, exceto as Filipinas, reduziram suas demandas de importação. Por outro lado, as importações africanas aumentaram novamente 3,6%, para 17,4 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. A redução do comércio mundial em 2019 afetou principalmente a Tailândia, onde as exportações caíram 30%.
No Mercosul, as exportações estão atrasadas em relação a 2019 ao mesmo período. As primeiras projeções para 2021 indicam um crescimento no comércio mundial de 6% para 47,6 milhões de toneladas, ou 2,8 milhões de toneladas a mais que em 2020. Os estoques mundiais de arroz no final de 2019 aumentaram 4,7%, para 184,6 milhões de toneladas, contra 176,3 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 37% das necessidades mundiais. O aumento é devido principalmente à recomposição dos estoques da China, Índia e da Indonésia. As reservas dos países exportadores também se recuperaram para 45 milhões de toneladas, equivalente a 25% do estoque mundial. Novas projeções para 2020 indicam uma leve queda de 0,7% para 183,4 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.