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24/Abr/2020

Tendência altista para os preços do arroz em casca

A tendência é altista no curto prazo para os preços do arroz em casca e, também, do produto beneficiado, mesmo com o avanço da colheita das áreas irrigadas no Sul do Brasil e nos países produtores do Mercosul. O arroz é o terceiro cereal mais consumido globalmente e registra aceleração de demanda, após a eclosão da pandemia de Covid-19, com consumidores formando estoques, especialmente na Ásia e na América Latina, que registram maior consumo per capita, além da restrição de exportação imposta por alguns países que são importantes players globais, como a Índia, Tailândia e Vietnã. Os preços internacionais do arroz registram fortes altas, com a cotação do produto tailandês WR100%B subindo 37,9% no acumulado de 2020.

As indústrias beneficiadoras desovaram rapidamente suas reservas de produto beneficiado e necessitam buscar mais matéria prima (arroz em casca). Isso reverteu a histórica tendência sazonal de baixa neste período do ano, com o preço pago ao produtor do Rio Grande do Sul, no acumulado de 2020, entre janeiro e a parcial deste mês de abril, registrando uma forte alta de 16,7%, com avanço de 37,2% nos últimos 12 meses. A tendência é de preços sustentados no curto e médio prazo, com a demanda interna aquecida e a expectativa de expansão das exportações, diante da alta do dólar e das cotações globais. Porém, cabe ressaltar que essa antecipação das compras por parte dos consumidores no varejo poderá esfriar o consumo interno ao longo do segundo semestre deste ano. O fator que pode prolongar a sustentação dos preços internos é a tendência de avanço das exportações brasileiras de arroz nos próximos meses, embaladas pela escalada do dólar no Brasil. Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.