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17/Abr/2020

Comércio global de arroz deverá crescer em 2020

Segundo a FAO, a produção mundial em 2019 foi de 771,1 milhões de toneladas (512 milhões de toneladas de arroz beneficiado), 0,5% a menos que em 2018. A produção chinesa foi menos afetada do que o esperado pelo fenômeno climático El Niño. Na Índia, a produção também caiu um pouco. Enquanto isso, em outras regiões produtoras asiáticas, a produção melhorou. Na África Subsaariana, as chuvas insuficientes afetaram as colheitas, particularmente na África Ocidental, onde foi estimada uma queda de 3% em relação a 2018. A redução afetaria principalmente a Nigéria e o Mali. No resto do continente africano, a produção permaneceu relativamente estável. No Mercosul, a produção de arroz em 2020 pode aumentar graças a melhor produtividade. Nos Estados Unidos, as colheitas caíram 15% em 2019. Na Austrália, a produção em 2019 teria caído 75%.

Em 2019, o comércio mundial diminuiu 9% para 44,1 milhões de toneladas, contra 48,5 milhões de toneladas em 2018. Para 2020, as projeções indicam um aumento no comércio mundial de 2,2% para 45,1 milhões de toneladas. Porém as interrupções nas cadeias de suprimentos, devido à pandemia de Covid-19, poderiam reduzir as previsões. Em 2019, os principais importadores asiáticos, exceto as Filipinas, reduziram suas demandas de importação. Em contraste, as importações africanas aumentaram 3,6% para 17,4 milhões de toneladas, contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. A redução do comércio mundial em 2019 afetou principalmente a Tailândia, onde as exportações caíram 30%. No entanto, as restrições de exportação do Vietnã e os problemas logísticos na Índia podem impulsionar as exportações da Tailândia em 2020.

No Mercosul, as exportações durante o primeiro trimestre de 2020 estão menores, em relação ao mesmo período de 2019, mas é esperado que elas sejam reativadas nos próximos meses, devido à melhor disponibilidade. Os estoques mundiais de arroz no final de 2019 aumentaram 3,6% para 182,1 milhões de toneladas, contra 175,7 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades mundiais. O aumento adicional se deve principalmente à reconstrução de reservas chinesas e indianas, bem como da Indonésia e das Filipinas. As reservas dos países exportadores também se recuperaram, chegando a 37 milhões de toneladas, equivalente a 22% do estoque mundial. Novas projeções para 2020 indicam estabilidade em 182,6 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 0,3% devido à possível redução do consumo mundial. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.