19/Fev/2020
Em janeiro, os preços mundiais do arroz começaram o ano bastante agitados, com aumento médio de 3,3%. Os preços voltaram a subir com força na Tailândia (+6%), acima das altas verificadas nos Estados Unidos (+4%) e Paquistão (+5%). Na Índia, os preços de exportação aumentaram 1% em um mercado pouco ativo. As exportações indianas encerraram atingindo um total de 9,8 milhões de toneladas, redução de 17% em relação a 2018. Seus principais clientes foram o Irã (15% das exportações), Arábia Saudita (11%), Benin (8%) e Nepal (7%). A produção em 2019/2020 pode aumentar em apenas 0,5% para 115,8 milhões de toneladas (arroz beneficiado). Em janeiro, o arroz indiano 5% foi cotado a US$ 363/t FOB contra US$ 361/t em dezembro. Neste mês de fevereiro, os preços permanecem firmes. Na Tailândia, os preços de exportação aumentaram significativamente 6% devido à baixa disponibilidade local e às incertezas sobre a segunda safra, em meados do ano, devido à falta de água.
Os preços da Tailândia continuam altos no mercado asiático, de US$ 70/t a US$ 80/t acima dos preços do Vietnã e da Índia. Em janeiro/2020, as vendas externas não ultrapassaram 450.000 toneladas, contra 950.000 toneladas em janeiro de 2019. As exportações tailandesas atingiram 7,58 milhões de toneladas em 2019, contra 11,09 milhões de toneladas em 2018, diminuindo 32%. O preço do arroz Thai 100% B foi de US$ 439/t em janeiro, contra US$ 413 em dezembro. O Thai parboilizado subiu para US$ 429 contra US$ 404 em dezembro. Em fevereiro, os preços permanecem firmes. No Vietnã, os preços de exportação permaneceram relativamente estáveis em um mercado pouco ativo. Em janeiro/2020, as vendas externas caíram 20% em relação a janeiro de 2019. No total, as exportações vietnamitas alcançaram 6,9 milhões de toneladas em 2019, sendo 4% superior a 2018.
Em janeiro, o Viet 5% marcou US$ 353/t contra US$ 352/t em dezembro. Em fevereiro, os preços estão em alta. No Paquistão, os preços do arroz aumentaram 4% em um mercado mais ativo, especialmente para o Oriente Médio e o Leste da África. Em dezembro, as exportações paquistanesas atingiram 404.000 toneladas contra 440.000 toneladas em novembro, encerrando o ano de 2019 com um aumento de 16% para 4,5 milhões de toneladas, contra 3,9 milhões de toneladas em 2018. Em janeiro, o Pak 25% foi negociado a US$ 335/t contra US$ 323/t em dezembro. Em fevereiro, os preços permanecem firmes. Na China, a epidemia do coronavírus parece afetar o comércio. As autoridades chinesas teriam licenças limitadas de exportação e importação, afetando especialmente as compras por via terrestre do Vietnã e da Birmânia. Sendo o principal importador mundial de arroz e o 5º exportador mundial, a diminuição no comércio de arroz da China pode gerar mais volatilidade no mercado mundial.
Nos Estados Unidos, os preços de exportação valorizaram 5% em um mercado pouco ativo. Em janeiro, as exportações recuaram para 220.000 toneladas, contra 650.000 toneladas em dezembro. Em 2019, as exportações dos EUA aumentaram 7% para 3,35 milhões de toneladas contra 3,13 milhões de toneladas em 2018. O México foi o primeiro cliente com 23% das vendas nos EUA, seguido do Haiti (13%) e do Japão (12%), juntos respondendo por quase metade das exportações totais. O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 foi de US$ 541/t em janeiro, contra US$ 515/t em dezembro. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do arroz em casca subiram 5% para US$ 295/t contra US$ 281/t em dezembro. Em fevereiro, os preços permanecem firmes em US$ 300. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.