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17/Fev/2020

Renda média se manteve estável no final de 2019

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (14/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio dos trabalhadores ocupados ficou estatisticamente estável, ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa, na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2019 em 25 das 27 Unidades da Federação. Além disso, houve queda significativa no rendimento em Roraima (-7,7%), e no Piauí (-5,8%). Esse movimento está associado ao crescimento da ocupação ligado a atividades com baixos salários, o que não possibilita ganho de rendimento desses trabalhadores.

O rendimento médio real de todos os trabalhos na média nacional foi estimado em R$ 2.340,00 no quarto trimestre, mostrando estabilidade estatística tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.317,00) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.332,00). No quarto trimestre, a maior renda média foi registrada no Distrito Federal (R$ 4.064,00). O menor rendimento foi o do Piauí (R$ 1.345,00). Na comparação com o quarto trimestre de 2018, a renda média ficou estatisticamente estável também em 25 das 27 Unidades da Federação no quarto trimestre de 2019. Houve elevação significativa apenas no Rio de Janeiro (+5,1%), mas queda em Alagoas (-8,8%). A melhora na geração de vagas com carteira assinada no País ficou concentrada em poucos locais, especialmente em São Paulo, sinalizando que a melhora no mercado de trabalho ainda não é disseminada.

O leve aumento da carteira assinada no quarto trimestre não foi difundido, ficou concentrado em quatro Estados, principalmente em São Paulo. Na passagem do terceiro trimestre de 2019 para o quarto trimestre de 2019, foram abertas 593 mil vagas com carteira assinada no setor privado, sendo mais da metade delas em São Paulo, 324 mil postos formais no Estado. Em todo o País, apenas quatro Estados tiveram avanço significativo na carteira assinada no período: São Paulo, Rondônia, Paraíba e Sergipe. O estado de São Paulo abriu 473 mil vagas formais em relação ao quarto trimestre de 2018. Ao observar o quadro sintético de São Paulo, não se vê nenhuma atividade se destacando.

Tudo indica que foi uma soma de pequenas reações setoriais. No quarto trimestre, a maior proporção de trabalhadores com carteira assinada no setor privado estava em Santa Catarina (87,7%), seguido por Paraná (81,2%) e Rio Grande do Sul (80,7%). A menor proporção de formais era a do Maranhão (47,6%), seguido por Piauí (52,5%) e Pará (52,6%). No sentido oposto, o maior percentual de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado estava no Maranhão (52,4%), único Estado em que essa fatia superou a metade do total dos empregados no setor privado. O ano de 2019 é importante, porque é o terceiro ano seguido com aumento na ocupação. Mas, outros indicadores mostram que a qualidade desse trabalho que está sendo gerado ainda carece de uma melhora. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.