31/Jan/2020
Os preços do arroz em casca atingiram o maior patamar nominal da série do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em julho de 2005. O indicador Esalq/Senar-RS, para o produto com 58% de grãos inteiros, com pagamento à vista, atingiu R$ 51,26 por saco de 50 Kg, alta acumulada de 6,7% em janeiro. O maior valor nominal até então, de R$ 50,88 por saco de 50 Kg, havia sido verificado no início de agosto de 2016. As cotações do arroz estão firmes desde julho do ano passado. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o ano-safra 2018/2019 deve terminar, em fevereiro, com o segundo menor estoque de passagem de arroz da história, de 521,2 mil toneladas.
Para a safra 2019/2020, a disponibilidade interna deve ser a menor desde a temporada 1984/1985, totalizando 12,1 milhões de toneladas. Neste cenário, os estoques de passagem em fevereiro de 2021 devem ficar ainda menores, estimados em 437,8 mil toneladas pela Conab. Segundo o Cepea, apesar da proximidade da colheita da nova safra, os produtores têm mantido as referências de preço em patamar elevado, alegando custo alto de produção e pouco volume disponível para ser negociado. Quanto às indústrias, o cenário é de demanda firme, inclusive por parte de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Apesar disso, a disparidade de preços permanece grande. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.