16/Jan/2020
Segundo a FAO, a produção global em 2019 foi de 775,6 milhões de toneladas de arroz em casca (515 milhões de toneladas de arroz beneficiado), queda de somente 0,5% em relação a 2018. A produção da China foi menos afetada do que o esperado, por causa do fenômeno climático El Niño. Na Índia, a produção teve um leve avanço, assim como no restante das grandes regiões produtoras da Ásia. Na África Subsaariana, as chuvas insuficientes afetaram a produção, principalmente nas regiões ocidentais, onde se estima um declínio de 3% em relação a 2018. A redução afetou principalmente a Nigéria e o Mali. No resto do continente africano, a produção permaneceu relativamente estável. No Mercosul, a produção de arroz caiu em 2019 devido a uma redução adicional nas áreas de arroz.
Nos Estados Unidos, as colheitas também diminuíram 15%, enquanto na Austrália a produção caiu 75%. O comércio mundial em 2019 recuou 6,2% para 45,5 milhões de toneladas contra 48,5 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores da Ásia reduziram suas demandas, exceto as Filipinas. Essa redução no comércio mundial afetou principalmente a Tailândia, onde as exportações recuaram 30%. Na Índia, as vendas caíram 12%. Por outro lado, nos demais principais exportadores do mundo, incluindo os Estados Unidos, as vendas externas permaneceram estáveis, ou até avançaram. A China é atualmente o quinto maior exportador do mundo, posição que deve se consolidar em 2020. Os exportadores do Mercosul, assim como a Austrália, viram suas vendas caírem como resultado da redução da disponibilidade exportável.
Na África, as importações aumentaram 3,6% para 17,3 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. Os estoques globais de arroz no fim de 2019 aumentaram 5% para 183 milhões de toneladas contra 174,3 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades globais. O novo aumento se deve, essencialmente, à reconstituição das reservas da China e da Índia, bem como da Indonésia e das Filipinas. Os estoques dos principais países exportadores também se recuperaram em 37 milhões de toneladas, equivalente a 22% das reservas mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.