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16/Dez/2019

Estoques globais de arroz devem seguir crescendo

Segundo a FAO, a produção global em 2019 deve ser de 775,6 milhões de toneladas de arroz em casca (515 milhões de toneladas de arroz beneficiado), queda de apenas 0,5% em relação a 2018. A produção chinesa deve ser menos afetada do que o esperado pelo fenômeno climático El Niño. Na Índia, a produção deve avançar levemente, assim como no restante das grandes regiões produtoras asiáticas. Na África Subsaariana, chuvas insuficientes parecem impactar a produção, particularmente nas regiões ocidentais, onde é estimado um declínio de 3% em relação a 2018. A redução deve afetar principalmente a Nigéria e o Mali. No restante da África, a produção deve permanecer relativamente estável. No Mercosul, a produção de arroz caiu em 2019 devido a uma redução adicional nas áreas plantadas.

Nos Estados Unidos, a colheita registra queda de 15%, enquanto na Austrália a produção recuou 75%. Em 2019, o comércio mundial deverá diminuir 6,2% para 45,5 milhões de toneladas contra 48,5 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores asiáticos veriam sua demanda diminuir, exceto as Filipinas. Essa redução deve afetar principalmente a Tailândia, onde as exportações podem cair 30%. Na Índia, as vendas devem recuar 10%. O restante dos principais exportadores do mundo, incluindo os Estados Unidos, devem registrar estabilidade nas vendas externas ou até mesmo elevação. A China é agora o quinto maior exportador mundial, posição que espera consolidar em 2020. Os exportadores do Mercosul, assim como a Austrália, verão suas vendas caírem como resultado da redução da disponibilidade exportável.

Na África, as necessidades de importação devem avançar 3,6%, para 17,3 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. Os estoques mundiais de arroz que terminam em 2019 devem aumentar significativamente em 5% para 183 milhões de toneladas contra 174,3 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades globais. O novo aumento se deve, essencialmente, à reconstituição das reservas da China e da Índia, bem como da Indonésia e das Filipinas. Os estoques dos principais países exportadores também devem se recuperar em 37 milhões de toneladas, equivalente a 22% das reservas mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.