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09/Dez/2019

Preço do arroz em casca sobe com a alta do dólar

A ausência de vendedores no mercado interno ao longo de novembro impulsionou os preços do arroz em casca. No mês, as cotações do cereal fecharam acima dos R$ 47,00 por saco de 50 Kg, patamar que não era visto desde março de 2017. Diante deste cenário, para atrair o interesse do orizicultor, indústrias ofertaram valores superiores daqueles que estavam praticando no mercado. Além disso, o dólar acima dos R$ 4,00 durante todo o mês também foi fator determinante no mercado doméstico. Isso porque produtores de regiões próximas ao porto ficaram atentos às exportações, enquanto outros, mais distantes, estiveram no aguardo de uma nova posição de preços das indústrias. Além disso, com o atraso nas lavouras, orizicultores destinaram suas atenções, prioritariamente, ao término do plantio.

A média de novembro do Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, foi de R$ 46,60 por saco de 50 Kg, 1,5% superior ao mês anterior, em termos nominais. Em comparação a novembro/2018, o preço médio subiu expressivos 11,6%. Em Mato Grosso, por sua vez, o preço do arroz em casca permaneceu firme. Assim como no Rio Grande do Sul, produtores mato-grossenses disponibilizaram poucos lotes de arroz em casca, já que a oferta esteve concentrada. O cereal de 50% a 57% de grãos inteiros tem sido ofertado acima de R$ 70,00 por saca de 60 Kg. No entanto, compradores estavam dispostos a pagar até R$ 68,00 por saca de 60 Kg. Ainda dentro do estado, para o arroz de 58% de grãos inteiros, os valores têm oscilado entre R$ 67,00 e 71,00 por saca de 60 Kg. Em novembro, as importações totalizaram 63,7 mil toneladas, expressiva redução de 41% frente a outubro.

O preço médio do arroz importado foi de R$ 1.022,60/tonelada FOB (Free on Board, origem), 1,8% superior ao do mês anterior, em termos nominais. As saídas de arroz somaram 130,5 mil toneladas em novembro, volume 59,2% superior ao de outubro. O preço médio do produto enviado ao exterior foi de R$ 1.068,21/tonelada FOB, valor 4,1% inferior ao de outubro, também em termos nominais. Em relação às estimativas de oferta e demanda da FAO, apontam aumento de 1,6 milhão de toneladas na produção global de 2019/2020, indo para de 515 milhões de toneladas. O consumo também foi reajustado para cima, podendo atingir um recorde de 517 milhões de toneladas – com suprimento ajustado para cima, os estoques devem somar 185 milhões de toneladas. Quanto aos preços, o Índice da FAO (composto por 16 preços de referência de exportação de arroz) referente ao mês de novembro, registrou declínio de 1,0%, indo para 222,8 pontos. Fonte: Cepea.