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18/Nov/2019

Preços globais do arroz reagem e voltaram a subir

Em outubro, os preços mundiais do arroz aumentaram 0,8%, mas tiveram tendências mistas de acordo com as origens. No Vietnã, os preços se recuperaram após a forte queda de 12% em setembro. Por outro lado, na Tailândia e na Índia, os preços caíram como resultado do excesso de oferta. Os preços do Paquistão e dos Estados Unidos tiveram leve alta. A disponibilidade dos exportadores asiáticos avança ao passo que a nova safra começa a chegar ao mercado. No entanto, a demanda por importações permanece relativamente fraca e não deve ser incentivada antes de várias semanas. O comércio mundial em 2019 deve cair 4,5% em relação ao ano anterior. A Tailândia será o país mais afetado por essa redução, com vendas que poderão baixar 20% em 2019. As perspectivas de produção também não são muito otimistas, apontando para uma possível redução de 1% para 513,4 milhões de toneladas (arroz beneficiado) contra 517,5 milhões de toneladas em 2018. No entanto, o impacto nos preços mundiais pode ser marginal, uma vez que os estoques mundiais estão particularmente altos.

Na Índia, os preços de exportação caíram novamente em outubro. Os excedentes exportáveis são abundantes, mas as safras serão menores que o esperado, com uma queda de 0,5% para 115,8 milhões de toneladas (arroz beneficiado). As vendas podem ser impactadas pelo declínio do comércio mundial e pela forte concorrência nos mercados da África, seus principais clientes. Em setembro, as exportações indianas atingiram 597.000 toneladas contra 650.000 toneladas em agosto, uma queda de 15% em relação ao ano passado na mesma época. Em 2019, as exportações podem chegar a 11,2 milhões de toneladas, queda de 3,5% em relação a 2018. Em outubro, o arroz indiano 5% caiu para US$ 366,00 por tonelada FOB, contra US$ 371,00 por tonelada em setembro. Enquanto isso, o arroz indiano permaneceu estável em US$ 330,00 por tonelada. No início de novembro, os preços permanecem estáveis.

Na Tailândia, os preços de exportação caíram 2,5% devido à redução da demanda de importação e, também, como resultado da chegada progressiva da nova safra ao mercado. A colheita, porém, pode cair 2% devido às más condições climáticas. Apesar da forte concorrência, especialmente nos mercados africanos, o volume de exportações permanece satisfatório, incluindo uma leve alta em outubro, de 590.000 toneladas contra 577.000 toneladas em setembro. No entanto, as vendas mensais não ultrapassam 660.000 toneladas em média, contra 925.000 toneladas em 2018. Portanto, o atraso acumulado em 2019 permanece importante, com uma possível queda de 20% para 8,8 milhões de toneladas contra 11 milhões de toneladas em 2018. O preço do arroz Thai 100% B foi em média de US$ 405,00 por tonelada em outubro contra US$ 415,00 por tonelada em setembro. O Thai parboilizado caiu significativamente para US$ 400,00 por tonelada contra US$ 414,00 por tonelada anteriormente.

No Vietnã, os preços de exportação registraram alta de 8% em outubro após a forte queda de 12% em setembro. No final de outubro, os preços tendiam a se estabilizar em um mercado menos ativo. As exportações teriam um avanço de 3% em relação a 2018, mas com uma contração no valor de 8%, devido ao declínio na demanda asiática, principalmente da China e da Indonésia. Em outubro, o Viet 5% subiu para US$ 348,00 por tonelada contra US$ 323,00 por tonelada em setembro. O Viet 25% também registra alta para US$ 336,00 por tonelada contra US$ 309,00 por tonelada anteriormente. No início de novembro, os preços permanecem firmes.

No Paquistão, os preços estiveram estáveis em outubro. Os exportadores procuram reativar suas vendas no Oriente Médio. Enquanto isso, as exportações destinadas à África ainda são afetadas pela forte concorrência entre exportadores asiáticos e a situação na Nigéria. Em outubro, o Pak 25% foi negociado a US$ 338,00 por tonelada contra US$ 337,00 por tonelada m setembro. No início de novembro, os preços se mantêm estáveis.

Nos Estados Unidos, os preços de exportação tiveram leve alta em um mercado estável. Em outubro, as exportações atingiram 275.000 toneladas, avanço de 12% em comparação com a mesma época do ano passado. O México continua sendo o primeiro cliente com 24% das vendas externas, depois vem Haiti (14%) e o Japão (12%), totalizando 50% do total das exportações nos primeiros dez meses do ano. O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 ficou em US$ 513,00 por tonelada contra US$ 510,00 por tonelada em setembro. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.