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18/Nov/2019

Estoques globais devem ter forte aumento em 2019

Segundo a FAO, a produção global em 2019 deve ser de 773,3 milhões de toneladas de arroz em casca (513,4 milhões de toneladas de arroz beneficiado), queda de quase 1% em relação a 2018. As incertezas quanto ao fenômeno climático El Niño pesam sobre a produção da China, que provavelmente terá um declínio, assim como a Índia, onde a produção deve recuar 0,5%. Em outras regiões produtoras asiáticas, as lavouras apresentarão leve progresso. Na África Subsaariana, chuvas insuficientes devem impactar a produção, particularmente nas regiões ocidentais, onde é estimado um declínio de 3% em relação a 2018. A redução deve afetar principalmente a Nigéria e o Mali. No restante da África, a produção deve permanecer relativamente estável.

No Mercosul, a produção de arroz caiu em 2019 devido a uma redução adicional nas áreas de arroz. Nos Estados Unidos, as colheitas podem diminuir 15%, enquanto na Austrália a produção recuou 75%. Em 2019, o comércio mundial deve diminuir 4,5% para 46,2 milhões de toneladas contra 48,4 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores asiáticos terão queda na demanda, exceto as Filipinas. Essa redução deve afetar principalmente a Tailândia, onde as exportações podem recuar 20%. Na Índia, as vendas devem cair 3,5%. Os demais grandes exportadores, incluindo os Estados Unidos, devem manter suas vendas externas ou até mesmo elevar. A China é agora o quinto maior exportador do mundo, posição que espera consolidar em 2020. Por outro lado, os exportadores do Mercosul, assim como a Austrália, devem registrar queda nas vendas, como resultado da redução da disponibilidade exportável.

Na África, as necessidades de importação devem aumentar 3,6% para 17,3 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. A estimativa é de que os estoques globais de arroz em 2019 devem aumentar significativamente 5,2% para 183,1 milhões de toneladas, contra 174,1 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades globais. O novo aumento se deve, essencialmente, à reconstituição das reservas da China e da Índia, bem como as da Indonésia e das Filipinas. Os estoques dos principais países exportadores também devem se recuperar em 37 milhões de toneladas, equivalente a 22% das reservas mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.