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01/Nov/2019

Desemprego teve leve recuo no último trimestre

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (31/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro. Em igual período de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,9%. No trimestre até agosto deste ano, a taxa foi de 11,8%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.298,00 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 210,424 bilhões no trimestre até setembro, alta de 1,8% ante igual período do ano anterior. Faltou trabalho para 27,453 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em setembro. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 24,8% no trimestre até junho para 24% no trimestre até setembro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até setembro de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,1%. O Brasil tinha uma população de 4,703 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em setembro. O resultado significa 174 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em junho. Em um ano, 31 mil pessoas a menos estavam em situação de desalento. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,5% no trimestre até setembro, ante 7,9% no trimestre até junho.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Em todo o Brasil, há um recorde de 7,044 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. Na passagem do trimestre até junho para o trimestre até setembro, houve um recuo de 311 mil pessoas na população nessa condição. Em um ano, o País ganhou mais 231 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. O País registrou 459 mil ocupados a mais no mercado de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 251 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados. A taxa de desemprego passou de 12% em junho para 11,8% em setembro de 2019. A população ocupada alcançou um recorde de 93,801 milhões de pessoas. A população inativa totalizou 64,843 milhões no trimestre encerrado em setembro, 86 mil a mais que no trimestre anterior. A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 3,783 bilhões no período de um ano, para R$ 210,424 bilhões, uma alta de 1,8% no trimestre encerrado em setembro de 2019 em relação a igual período de 2018, puxada pelo aumento no número de pessoas trabalhando.

Na comparação com o trimestre terminado em junho, a massa de renda real subiu 0,7%, com R$ 1,377 bilhão a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve leve alta de 0,1% na comparação com o trimestre até junho, R$ 1,00 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em setembro do ano passado, a renda média teve também leve alta de 0,1%, para R$ 2.298,00 R$ 3,00 a mais que o salário de um ano antes. O Brasil alcançou uma taxa de informalidade de 41,4% no mercado de trabalho no trimestre até setembro, patamar recorde da série histórica, iniciada em 2015. São 38,806 milhões de trabalhadores atuando na informalidade, o maior contingente já visto nessa situação. O resultado foi puxado por recordes tanto na população de trabalhadores atuando por conta própria quanto na de pessoas trabalhando sem carteira assinada no setor privado. O trabalho por conta própria alcançou o ápice de 24,434 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em setembro. Em apenas um ano, o trabalho por conta própria ganhou a adesão de 1,015 milhão de pessoas.

Em um trimestre, foram 293 mil trabalhadores a mais nessa condição. O trabalho sem carteira assinada no setor privado também cresceu para o patamar recorde de 11,838 milhões de ocupados nessa situação. O emprego sem carteira no setor privado aumentou em 384 mil vagas em um ano. Em um trimestre, foram 338 mil trabalhadores a mais. O mercado de trabalho fechou 138 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre terminado em junho. Na comparação com o trimestre encerrado em setembro de 2018, foram criadas 166 mil vagas formais no setor privado. O setor público abriu 22 mil vagas em um trimestre, o trabalho doméstico também absorveu mais 22 mil pessoas em um trimestre. O País tinha 12,515 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em setembro deste ano. Houve piora em relação ao mesmo período do ano anterior: há mais 65 mil desempregados ante setembro de 2018, o equivalente a um aumento de 0,5%.

O total de ocupados cresceu 1,6% no período de um ano, o equivalente a 1,468 milhões de pessoas a mais trabalhando, para um recorde de 93,801 milhões. Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,9% no trimestre até setembro de 2018 para 11,8% no trimestre encerrado em setembro de 2019. No trimestre até junho deste ano, a taxa de desemprego estava em 12,0%. A taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2019, mas permanece em 11,8% há três meses seguidos, nos trimestres móveis terminados em julho, agosto e setembro. O contingente de inativos recuou 0,2% em setembro deste ano ante setembro do ano passado, 108 mil pessoas a menos nessa condição. O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,8% no trimestre até setembro deste ano, ante 54,4% no trimestre até setembro de 2018. No trimestre até junho de 2019, o nível de ocupação era de 54,6%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.