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29/Out/2019

Realidade Aumentada é tendência nos alimentos

Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, as empresas têm apostado em estratégias inovadoras para ganhar e manter clientes, agregando o máximo de valor possível às marcas. Neste contexto, uma tecnologia que vem ganhando espaço é a realidade aumentada. A realidade aumentada tem como objetivo unir os mundos real e virtual a fim de proporcionar uma experiência única ao consumidor. Por meio de um dispositivo eletrônico com câmera, o usuário pode interagir na tela, em tempo real, com o cenário local combinado a elementos virtuais. A Flex Interativa é uma empresa brasileira que trabalha com esse tipo de tecnologia e para contar com detalhes sobre esse mercado. Atuando desde 1999, a Flex passou por todas as ondas da internet, desde software house (empresas que desenvolvem e comercializam programas de computador) até agência digital (empresas que prestam serviço na área de internet).

Em 2019, então, a empresa completará duas décadas de existência. Porém, há cinco anos, resolveu mudar a direção e passou a apostar em experiências digitais inovadoras, por meio da realidade aumentada, virtual e mista. Isso se deu porque notaram que o consumidor estava buscando novas formas de interagir e aprender com os produtos, quer seja em casa, no ponto de venda ou em um evento. Assim, passaram a utilizar essas tecnologias como uma nova forma de comunicação. Quando esse tipo de artifício (a realidade aumentada) é empregue em embalagens, a ferramenta permite que o consumidor interaja com o produto que irá comprar. A embalagem é fundamental para atrair atenção e informar o cliente. Podem ser colocadas informações sobre a funcionalidade do produto, modo de uso, descarte, indicações, contraindicações, depoimentos, além de vídeos, animações 3D e games.

Porém, tudo isto só é possível com a utilização da realidade aumentada. Além disso, mais do que atrair, é importante reter a atenção do público. Com auxílio dessa ferramenta consegue-se aumentar o tempo de retenção, permitindo que transcorra o intervalo necessário até que o consumidor entenda a proposta do produto vendido. Não demorou para essa tecnologia chegar ao ramo das embalagens alimentícias, fazendo jus ao famoso ditado popular: “come-se primeiro com os olhos”. Há vários exemplos de como eles passaram a usufruir da realidade aumentada para melhorar a interação do consumidor com os alimentos. A empresa utilizou em vários projetos para a Nestlé. O primeiro deles foi a volta dos chocolates Surpresa. Recentemente, lançou também o Ninho, no qual a realidade aumentada permite que pais e filhos interajam e aprendam juntos.

Além disso, houve também o projeto inovador do Nescau, junto com o jogador Falcão, do futsal. O intuito é sempre informar melhor o consumidor, ampliando de forma exponencial a comunicação entre marca e cliente. Essa experiência com a Nestlé foi extremamente positiva e atualmente eles têm três projetos lançados e dois em desenvolvimento. As perspectivas do emprego da realidade aumentada em lácteos é bastante promissora. O número de downloads do aplicativo lançado com a Nestlé bateu recordes, diversas matérias na imprensa destacaram o aspecto positivo das embalagens e os vídeos postados pelos próprios consumidores viralizaram nas redes sociais. A Flex contou ainda que uma plataforma criada em parceria com a International Business Machines Corporation (IBM) está praticamente saindo do forno.

Ela integrará realidade aumentada e inteligência artificial, por meio do Watson (plataforma de serviços cognitivos da IBM para negócios). Isto vai agregar um valor enorme tanto para o consumidor quanto para a marca. Pela primeira vez o cliente vai poder fazer qualquer pergunta para um produto e ter a resposta em tempo real, incluindo animações em realidade aumentada. Todos os dados gerados serão armazenados na nuvem e ficarão à disposição da empresa para que ela faça os devidos ajustes no produto, caso necessário. Feedbacks positivos, negativos e dúvidas serão apresentados em um dashboard (relatório de andamento). O índice de retenção das marcas que utilizarem estas inovações disruptivas ao seu favor irá para um patamar jamais imaginado, segundo a empresa. Fonte: Dairy Vision 2019. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.