15/Out/2019
Segundo a FAO, a produção mundial em 2019 pode ser de 773,4 milhões de toneladas de arroz em casca (513,5 milhões de toneladas de arroz beneficiado), queda de quase 1% em relação a 2018. As incertezas quanto ao fenômeno climático El Niño pesam na produção da China, que provavelmente terá um declínio, parcialmente compensado pelo aumento da produção na Índia. Em outras regiões produtoras da Ásia, as colheitas podem diminuir devido a preços menos remuneradores. Na África Subsaariana, as chuvas insuficientes impactam na produção, particularmente nas regiões ocidentais, onde é estimado um declínio de 4% em relação a 2018. A redução deve afetar principalmente a Nigéria e o Mali. No resto da África, a produção deve permanecer relativamente estável.
No Mercosul, a produção de arroz caiu em 2019 devido a uma redução adicional nas áreas plantadas com arroz. Nos Estados Unidos, as colheitas podem diminuir 8%. Em 2019, o comércio mundial deverá cair 5%, para 45,9 milhões de toneladas contra 48,4 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores asiáticos devem reduzir a demanda, exceto as Filipinas. Essa redução deve afetar principalmente a Tailândia, onde as exportações podem recuar 20%. O restante dos principais exportadores do mundo, incluindo os Estados Unidos, devem manter as vendas externas ou até aumentar. A China é agora o quarto maior exportador mundial, posição que espera consolidar em 2020. Por outro lado, os exportadores do Mercosul, assim como a Austrália, verão suas vendas caírem como resultado da redução da disponibilidade exportável.
Na África, a importação deve subir 3,5%, para 17,3 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. Os estoques globais de arroz que terminam em 2019 devem aumentar significativamente 5,2% para 182,9 milhões de toneladas contra 173,9 milhões de toneladas em 2018, atingindo seu nível histórico mais alto. Essas reservas representam 36% das necessidades globais. O novo aumento se deve, essencialmente, à reconstituição das reservas da China e da Índia, bem como da Indonésia e das Filipinas. Os estoques dos principais países exportadores também devem se recuperar em 37 milhões de toneladas, equivalente a 22% das reservas mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.