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08/Out/2019

Preços do arroz têm alta pelo 3º mês consecutivo

Os preços do arroz em casca subiram em setembro no Rio Grande do Sul. Esse é o terceiro mês consecutivo de alta. Esse cenário se deve à necessidade de indústrias em atender contratos de exportação e, também, de suprir à demanda dos setores atacadista e varejista no mercado doméstico. De um lado, beneficiadoras mostraram maior interesse na aquisição do cereal, principalmente na primeira quinzena de setembro. De outro, produtores estiveram recuados, sobretudo em relação ao arroz armazenado nos depósitos, devido ao início do plantio, que já atinge 32% da área no Rio Grande do Sul. De modo geral, com objetivo de adquirir novos lotes, indústrias aumentaram suas ofertas de compra, inclusive para o arroz livre (depositados nas propriedades rurais).

Assim, no acumulado do mês de setembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, para o produto com 58% de grãos inteiros, fechou com média de R$ 45,40 por saco de 50 Kg, 3,8% superior à média de agosto/2019 (valores deflacionados pelo IGP-DI de setembro/2019). No entanto, no comparativo com setembro/2018, o preço médio caiu 2,7%. Enquanto alguns orizicultores, privilegiados pela menor incidência de chuvas no decorrer de setembro, se dedicaram com maior intensidade à semeadura, outros aguardam as precipitações para que o solo obtenha umidade adequada. Além disso, houve um leve aumento no custo de produção nesta nova temporada – insumos e mão de obra não tiveram grandes alterações, porém, o maior valor atribuído ao diesel combustível deve impactar nos gastos.

As exportações brasileiras de arroz, em setembro, segundo a Secex, registraram queda de 10% frente a agosto/2019, para 96,9 mil toneladas base casca, e de expressivo recuo de 40% em comparação ao mesmo período de 2018. As importações nacionais de arroz, por sua vez, se reduziram 19% entre agosto e setembro de 2019, para 84,4 mil toneladas base casca, mas ficaram 54% superiores em relação a setembro/2018. Em setembro, o Índice da FAO (composto por 16 preços de referência de exportação de arroz), registrou declínio de 0,44%, caindo para 227 pontos. Este movimento foi reflexo da desaceleração da demanda de importação de alguns países e incertezas políticas envolvendo Filipinas e Nigéria. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.