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18/Set/2019

Preços globais do arroz permaneceram sustentados

Em agosto, os preços mundiais do arroz avançaram 2%, influenciados pela revalorização das moedas asiáticas, principalmente o bath tailandês, em relação ao dólar. De fato, os preços tailandeses tiveram forte alta de 5% em um mês. Somente os preços vietnamitas caíram após a redução das vendas externas. A demanda global deve diminuir 3% em 2019, sob influência de grandes importadores da Ásia e alguns países da África. A Tailândia será o país mais afetado pela redução do comércio mundial, com uma possível queda de 20% em suas vendas externas. As perspectivas de produção no momento indicam certa estabilidade em relação à safra passada, mas elas poderão ser revistas nos próximos meses devido a um possível impacto do fenômeno climático El Niño. A pressão sobre os preços mundiais não deve ser muito forte, graças às reservas mundiais, que estão no mais alto nível historicamente.

Na Índia, os preços de exportação permaneceram relativamente firmes em agosto. A depreciação da rupia indiana ajuda a manter os preços competitivos. Os exportadores estão otimistas graças às perspectivas de boas colheitas. Em 2019, espera-se um aumento nas exportações de 4% para 12,3 milhões de toneladas. A Índia tem expectativa de aumento da demanda da África, seu principal mercado. Por outro lado, sua posição é menor no Sudeste Asiático, que é o segundo mercado de importação no mundo depois da África. Isso se deve a barreiras tarifárias e não tarifárias. Em julho, as exportações indianas atingiram 780.000 toneladas contra 775.000 toneladas em junho, uma queda de 13% em comparação com o ano passado na mesma época. Em agosto, o arroz indiano 5% subiu para US$ 374,00 por tonelada FOB contra US$ 371,00 por tonelada em julho. O arroz indiano 25% permaneceu estável em US$ 346,00 por tonelada. No início de setembro, os preços permanecem firmes.

Na Tailândia, os preços de exportação subiram significativamente 5% após a revalorização do bath em relação ao dólar. O mercado externo continua ativo, com exportações que atingiriam cerca de 530.000 toneladas em agosto contra 548.000 toneladas em julho. Em 2019, as perspectivas de exportação apontam para uma queda de 20%, para 9 milhões de toneladas contra 11 milhões de toneladas em 2018. Os exportadores esperam que o governo reative os contratos públicos (G2G) para impulsionar as vendas externas, especialmente para o Oriente Médio. Em agosto, o preço do arroz Tai 100% B atingiu US$ 420,00 por tonelada contra US$ 402,00 por tonelada em julho. O Tai parboilizado também aumentou significativamente para US$ 418,00 por tonelada. O arroz quebrado A1 Super permaneceu estável em US$ 360,00 por tonelada. No início de setembro, os preços tendem à queda.

No Vietnã, os preços de exportação caíram 2%, principalmente no final do mês de agosto, em um mercado relativamente calmo. Em agosto, as exportações atingiram 438.000 toneladas contra 650.000 toneladas em julho. A safra de verão/outono está avançando e os exportadores baixam seus preços para se desfazer das reservas antes da chegada, nas próximas semanas, da nova produção ao mercado. O Vietnã conta com o mercado das Filipinas para elevar suas vendas, enquanto as exportações para a China caíram significativamente em comparação com o ano passado, na mesma época. Em agosto, o Viet 5% caiu para US$ 370,00 por tonelada contra US$ 379,00 por tonelada em julho. O Viet 25% também caiu para US$ 345,00 por tonelada contra US$ 352,00 por tonelada anteriormente. No início de setembro, os preços apresentam forte volatilidade.

No Paquistão, os preços do arroz aumentaram 2% devido à disponibilidade limitada. A China continua demonstrando grande interesse pelo arroz paquistanês, que deve estar disponível nas próximas semanas com a colheita iniciada no final de agosto, que deve ser abundante. A Malásia também pode ser um de seus mercados no futuro. Por outro lado, os mercados da África são menos promissores devido à forte concorrência entre exportadores asiáticos: Índia, Tailândia e China. Em agosto, o Pak 25% esteve cotado a US$ 338,00 por tonelada contra US$ 330,00 por tonelada em julho. No início de setembro, os preços permanecem firmes.

Nos Estados Unidos, os preços de exportação voltaram a subir 2% em um mercado mais ativo. Em agosto, as exportações atingiram 320.000 toneladas contra 370.000 toneladas em julho, um aumento de 8% em comparação com a mesma época do ano passado. O México é o primeiro cliente com 23% das vendas externas, seguido do Haiti (14%) e Japão (12%). O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 subiu para US$ 510,00 por tonelada contra US$ 499,00 por tonelada em junho. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.