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18/Set/2019

Estoques globais de arroz devem crescer em 2019

Segundo a FAO, a produção global em 2019 deve ser de 779 milhões de toneladas de arroz em casca (517,3 milhões de toneladas de arroz beneficiado), quase inalterada em relação a 2018. As incertezas relacionadas ao fenômeno climático El Niño pesam na produção da China que pode registrar novo declínio. No entanto, essa redução pode ser compensada pelo crescimento da produção na Índia. Em outras regiões produtoras asiáticas, as colheitas devem diminuir devido a preços menores. Na África Subsaariana, chuvas insuficientes podem afetar a produção, especialmente nas regiões ocidentais, onde se estima um declínio de 4% em relação a 2018. A redução deve afetar principalmente a Nigéria e o Mali. No restante da África, a produção deve permanecer relativamente estável.

No Mercosul, a produção de arroz caiu em 2019 devido a uma redução adicional nas áreas de cultivo. Nos Estados Unidos, as colheitas começaram em agosto e devem recuar 8%. Em 2019, o comércio mundial pode ter redução de 3%, para 46,8 milhões de toneladas contra 48,6 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores asiáticos devem reduzir a demanda, exceto as Filipinas. Essa redução deve afetar principalmente a Tailândia, onde as exportações podem cair 20%. O restante dos principais exportadores do mundo, incluindo os Estados Unidos, devem manter ou aumentar suas vendas externas. Os exportadores do Mercosul, assim como a Austrália, devem sofrer uma queda em suas vendas como resultado da menor disponibilidade de exportação.

Na África, a necessidade de importação deve aumentar 3,5% para 17,3 milhões de toneladas contra 16,7 milhões de toneladas em 2018. Os estoques mundiais de arroz ao final de 2019 devem crescer 3,9%, para 180,6 milhões de toneladas contra 173,9 milhões de toneladas em 2018, atingindo o nível histórico mais alto. Essas reservas representam 35% das necessidades globais. O novo aumento é essencialmente devido à reconstituição das reservas da China e da Índia, bem como as da Indonésia e das Filipinas. Os estoques dos principais países exportadores devem se recuperar a 37 milhões de toneladas, equivalente a 21% das reservas mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.