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25/Jul/2019

Supermercados: comércio on-line deverá avançar

Segundo Gleidys Salvanha, diretora de Negócios para Varejo do Google, existe uma barreira cultural que ainda impede que o brasileiro adote de vez o comércio on-line como uma opção para compras em supermercado. No entanto, a executiva acredita que esse é um cenário que tende a mudar. Aos poucos, os consumidores vão descobrindo as vantagens de fazer mercado on-line: não tem filas e você pode salvar sua lista de compras. Ganha-se muito em agilidade e praticidade. A mudança ocorre por uma série de motivos. Em primeiro lugar, há o crescimento dos aplicativos de entregas, que trazem mais opções para os consumidores. Junto a isso existe uma demanda vinda dos próprios compradores por mais agilidade. Ela é respondida pelas redes de supermercados, que oferecem novas vantagens para as vendas feitas pela internet, como promoções exclusivas.

E, por último, há o mercado financeiro, que foi se digitalizando nos últimos anos, dando mais segurança para as compras on-line. A transformação digital do mercado passa muito pela cultura, tanto das pessoas, que vão se acostumando aos poucos com as novas possibilidades, quanto das empresas, que precisam mudar seus processos e organizações internas. Segundo uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a consultoria Grimpa, o crescimento das vendas on-line é explicado, entre outros, por experiências positivas que estão acabando com medos e tabus que envolvem pagamento pelo cartão, prazo de entrega e sistema de devolução. Para Gleidys, o brasileiro vem alcançando a maturidade quando se trata de e-commerce, passando das compras de bens duráveis para refeições e itens de perfumaria, cosméticos, moda e acessórios.

Comprar on-line em supermercados, por outro lado, ainda é uma das últimas barreiras nesse processo. Uma pesquisa recente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) e do Ibope mostra que apenas 15% dos brasileiros declaram que já compram produtos de supermercado pela internet. Gleidys é, ainda assim, otimista em relação ao futuro do setor. Segundo ela, em 2024, teremos 70% das pessoas comprando on-line produtos de supermercados nos Estados Unidos e o setor pode estar caminhando para isso também no Brasil. No entanto, a executiva é enfática ao dizer que o crescimento das vendas on-line de supermercados está longe de significar o fim das lojas físicas. Haverá um grande movimento conjunto. Nos últimos dois anos, por exemplo, a busca pela opção de comprar on-line e retirar na loja cresceu 309% no Brasil. Esse complemento seguirá no futuro, com as lojas físicas sendo importantes. Fonte: Época. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.