14/Jun/2019

Em maio, os preços mundiais do arroz caíram levemente, em média 1%, em meio a uma pausa geral nos mercados de exportação. A demanda de importação é fraca nos principais países importadores da Ásia e da África Subsaariana. Mas, as perspectivas de redução na oferta de exportação podem impactar os preços internacionais nos próximos meses, sem, no entanto, provocar aumentos acentuados devido às confortáveis reservas mundiais. As previsões para a produção mundial em 2019/2020 indicam, por enquanto, uma pequena queda na produção mundial, após três anos consecutivos de aumento. Essa redução deve afetar principalmente a África e a América do Sul. No final de maio, os preços começaram a se estabilizar, apesar de uma demanda de importação ainda fraca. A demanda asiática deve cair em 2019, especialmente na Indonésia e em Bangladesh. Espera-se uma contração do mercado mundial de arroz de 3% para 46,8 milhões de toneladas contra 48,3 milhões de toneladas em 2018.

Em contraste, as importações da África podem atingir um nível recorde de 17,3 milhões de toneladas, aumento de 6% em relação a 2018. Na Índia, os preços de exportação permaneceram estáveis. As exportações estão avançando lentamente como resultado da forte concorrência da China nos mercados africanos, que respondem por 50% das exportações de arroz indiano não aromático. Em abril, as exportações da Índia registraram o menor nível de vendas desde novembro de 2016, com 740.500 toneladas, 46% abaixo do mês anterior. A Índia também é afetada pela redução drástica na demanda de importações de seus países vizinhos, Bangladesh e Sri Lanka. Em maio, o arroz indiano 5% permaneceu inalterado em US$ 375,00 por tonelada FOB. O arroz indiano 25% também manteve estabilidade em US$ 345,00 por tonelada. No início de junho, os preços permanecem estáveis.

Na Tailândia, os preços de exportação caíram 2% em um mercado fraco. No entanto, a revalorização do bath em relação ao dólar tendia a estabilizar os preços no final do mês. Em maio, as vendas externas cresceram para 740.000 toneladas contra 703.000 toneladas em abril. As perspectivas para as exportações em 2019 não são muito favoráveis, com uma possível queda de 14% em relação ao ano anterior. A Tailândia também deve enfrentar forte concorrência da China, especialmente nos mercados da África, que representam entre 40% e 50% do total das exportações tailandesas. Em maio, o preço do arroz Thai 100% B foi de US$ 395,00 por tonelada contra US$ 403,00 por tonelada em abril. O Thai parboilizado também registrou queda, para US$ 390,00 por tonelada contra US$ 396,00 por tonelada em abril. O arroz quebrado A1 Super permaneceu relativamente estável a US$ 354,00 por tonelada. No início de junho, os preços estão mais firmes, apesar da falta de novos contratos.

No Vietnã, os preços do arroz voltaram a subir em maio, aproximando-se dos preços da Tailândia. Mas, ainda permanecem competitivos, especialmente no mercado das Filipinas, onde a demanda deve ser mais forte nos próximos meses. Em maio, as exportações vietnamitas caíram para 450.000 toneladas contra 690.000 toneladas em abril, uma queda de 18% em relação à mesma época do ano anterior. O Viet 5% subiu para US$ 371,00 por tonelada contra US$ 362,00 por tonelada em abril. O Viet 25% esteve cotado a US$ 349,00 por tonelada em maio contra US$ 341,00 por tonelada em abril. No início de junho, os preços permanecem relativamente firmes.

No Paquistão, os preços do arroz subiram em maio, mas com poucas vendas externas. As exportações recuaram quase 60% em maio em relação ao mês anterior, ficando 3% abaixo do mesmo período do ano passado. Em maio, o Pak 25% foi cotado a US$ 331,00 por tonelada contra US$ 326,0o por tonelada em abril. No início de junho, os preços estão em viés baixista como resultado da lentidão do mercado mundial. Nos Estados Unidos, os preços de exportação voltaram a cair 3,5% em um mercado relativamente ativo, que deve se movimentar mais com novos contratos no Oriente Médio. Em maio, as exportações chegaram a 280.000 toneladas contra 315.000 toneladas em abril, ficando 10% abaixo ao ano passado na mesma época. O México continua sendo o principal cliente com 23% das vendas externas, seguido pelo Haiti (12%), Japão (10%) e a Coréia do Sul (10%). O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 esteve cotado a US$ 486,00 por tonelada em maio contra US$ 504,00 por tonelada em abril. No início de junho, os preços se mantêm estáveis, a US$ 490,00 por tonelada. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.