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11/Mai/2023

Camil Alimentos: operação no Peru é preocupação

A Camil Alimentos está preocupada com a sua operação no Peru, onde vem apresentando resultados abaixo do reportado nos últimos dois a três anos. A perspectiva para o ano fiscal 2023 no mercado internacional é semelhante com 2022. O Uruguai deve manter estabilidade. Chile e o Equador estão indo bem. Mas, para o Peru a expectativa é de tenha uma performance melhor que no ano passado, mas ainda aquém do que era anteriormente. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, biscoitos e pescados. Há uma preocupação da empresa com o mercado peruano em virtude das incertezas políticas e econômicas locais vistas nos últimos anos. A operação sofreu do ponto de vista de volume, o que tem forçado a companhia a rever a operação, desde o tipo de produto e forma da operação para que consiga retomar a trajetória de crescimento e rentabilidade que hoje não está sendo possível obter no Peru.

A companhia fará uma revisão na operação do mercado peruano, que pode passar até mesmo pelo tamanho da operação e revisão da estrutura operacional. Como a companhia, teve uma redução importante do ponto de vista de volume, é preciso fazer adequação do custo fixo. É preciso adequar o tamanho da companhia àquela realidade para retomar o crescimento de maneira rentável e sustentável. De fato, até pode haver revisão de tamanho. Os outros mercados (Uruguai, Equador e Peru) apresentam desempenhos dentro do esperado pela Camil. O segmento internacional, na média, tem contribuído com estabilidade no resultado da companhia. No ano fiscal passado, o segmento contribuiu com receita líquida de R$ 2,614 bilhões para a companhia, aumento anual de 14,2%, e representou 32% do faturamento líquido da empresa.

No ano fiscal de 2022, encerrado em março deste ano, o Uruguai, principal mercado externo, reportou resultados em linha com o histórico. O Equador teve performance acima da reportada no período da entrada da empresa no país em 2021. No Equador, a Camil está conseguindo conquistar espaço de mercado, operar com nível bom de rentabilidade e explorar alavancas de oportunidades. É uma aquisição que ainda está dentro da expectativa. Do outro lado, o Chile continua sendo um mercado que opera bem, mas com a ressalva de que o país mudou um pouco do ponto de vista de perfil de risco desse ano em relação a dois três anos atrás. Os temas políticos tiveram impactos econômicos e isso afetou um pouco o negócio, mas ainda é um mercado que performa bem na média. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.