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04/Mai/2023

Carrefour tem resultado fraco no 1º trimestre/2023

O Carrefour Brasil reportou prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023. Com isso, reverteu a cifra positiva em R$ 421 milhões apresentada um ano antes. Trata-se do primeiro prejuízo registrado pela companhia desde o IPO, em 2017. O Ebitda ajustado consolidado caiu 16,8% em relação a igual intervalo de 2022, para R$ 1,038 bilhão. Excluindo o Grupo BIG, a cifra ficou em R$ 1,254 bilhão, avanço anual de 0,6%. A margem Ebitda ajustada foi de 4,3%, diminuição de 2,3% que reflete o impacto da integração do Grupo BIG, as despesas de conversão e o ramp-up de vendas das lojas convertidas, segundo o release de resultados. As vendas líquidas somaram R$ 24,385 bilhões, o que significou um avanço de 29,4% ante o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas brutas atingiram R$ 27,1 bilhões, 30,7% acima.

O resultado é fruto da combinação do crescimento LfL de 5,7% no Atacadão (6,5% com impacto de calendário), 5,7% Crescimento LfL ex-gasolina no Carrefour Varejo (6,3% com impacto calendário), expansão orgânica em Cash and Carry (+3,9%) e integração do Grupo BIG, que representou 17,3% do crescimento total (incluindo efeito de conversão). O GMV chegou a R$ 1,6 bilhão, crescimento de 43% na mesma base comparativa. O resultado foi impulsionado tanto pela categoria alimentar, destaque para o desempenho do Carrefour 1P com crescimento anual de 83%, quanto pela categoria de não alimentar, que cresceu em 24%, segundo a companhia.

O Carrefour Brasil reportou resultados mais fracos que o estimado pela XP no primeiro trimestre, com uma dinâmica de vendas em linha, mas com a rentabilidade pressionada pelo processo de integração do Grupo BIG. As vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2% ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas. A companhia destacou que deve concluir todas as conversões (olhando para a integração do Grupo BIG), até o dia 23 de junho, além de ter reiterado mais uma vez o seu guidance de sinergias de R$ 2 bilhões por ano até 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.