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19/Jan/2023

Camil: alta no arroz elevará faturamento em 2023

O Bradesco BBI elevou a recomendação da Camil de neutro para 'outperform' (equivalente à compra), indicando preço-alvo de R$ 12,00 (potencial de alta de 59,3% ante o fechamento de ontem), mencionando que o preço atual das ações, que fechou a R$ 7,53 no dia 17 de janeiro, não está refletindo o aumento do preço do arroz, que deve melhorar o faturamento da empresa em 2023. Apesar de projetar um volume de produção menor para as últimas duas décadas, a casa estima que o preço médio do arroz em 2023 deve passar de R$ 75,00 por saco de 50 Kg (previsão anterior) para R$ 90,00 por saco de 50 Kg. Com a possível melhora do faturamento, o Ebitda de 2023-2024 ficará aproximadamente 10% acima do consenso de mercado. Ainda, reforça que a ação já está sendo negociada a um atrativo múltiplo de 5 vezes o EV/Ebitda esperado para 2023, abaixo de sua média histórica de 6,5 vezes.

No setor, a Camil é a preferência do Bradesco BBI, seguida por M. Dias, Ambev e BRF, considerando risco/recompensa. O recente desempenho ruim do preço das ações da Camil parece inconsistente, dada a sua alta correlação positiva com os preços do arroz, pois repassa os custos mais altos do arroz para os preços, diluindo os custos fixos. Os preços do arroz devem subir, movendo-se na direção oposta a outras commodities agrícolas que vêm caindo, já que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera uma queda de 9% na área plantada de arroz no Brasil em 2023, enquanto o preço do arroz brasileiro aumentou cerca de 15%, desde outubro de 2022.

Os preços do arroz devem continuar como um dos principais impulsionadores para as ações da Camil (o produto representa cerca de 50% de seu Ebitda), apesar da empresa ter uma diversificação de segmentos. Contudo, o aumento de novos segmentos de biscoitos, massas e café pode adicionar R$ 1,00 ao preço-alvo, mas apenas se a Camil entregar margens em linha com seus pares para esses produtos até 2024. As preocupações com a possibilidade de uma nova reforma tributária também é uma ressalva para o banco, podendo reduzir em 5% o valor do preço-alvo. Em relação aos segmentos de café e massas, o banco espera que devam adicionar, aproximadamente, R$ 150 milhões em Ebitda até 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.