14/Dez/2022
Em novembro, os preços mundiais do arroz subiram em média 3%, estimulados pelo aumento da demanda global no período precedendo as férias de finais de ano. No Paquistão, o incremento foi mais significativo devido à forte demanda chinesa. Atualmente, a principal novidade tem sido o cancelamento parcial das restrições à exportação da Índia, mas apenas para o arroz orgânico não-basmati, incluindo o arroz quebrado. Contudo, a atenuação das restrições poderia ser estendida a outras categorias de arroz. Estas limitações, que entraram em vigor em setembro passado, não tiveram um impacto significativo no abastecimento mundial.
No entanto, contribuíram para o aumento dos preços nos mercados regionais, particularmente na África Subsaariana e no Sudeste Asiático. No final de novembro, os preços mundiais ainda estavam subindo devido ao aumento da demanda no Sudeste Asiático, em particular na Indonésia onde as autoridades anunciaram a importação de meio milhão de toneladas nos próximos meses. Os preços mundiais em 2023 devem permanecer firmes durante grande parte do ano, apesar da provável contração do comércio mundial de arroz em 3%, devido a uma queda de 2,4% na produção mundial, a maior desde 2002.
Parcial da proibição das exportações de arroz quebrado e os preços ainda competitivos estimulam as vendas da Índia em todos os segmentos do comércio mundial, incluindo o arroz basmati que aumentou em 10% em relação a 2021. Portanto, a queda das exportações indianas em 2022 será moderada, atingindo entorno de 21 milhões de toneladas, 2% a menos do que o volume recorde de 2021. Um declínio mais significativo poderia ocorrer em 2023, para 19,5 milhões de toneladas, devido a um declínio anunciado na produção de 2022/2023.
Na Índia, os preços do arroz subiram 3% em novembro. O desbloqueio parcial da proibição das exportações de arroz quebrado e os preços ainda competitivos estimulam as vendas indianas em todos os segmentos do comércio mundial, incluindo o arroz basmati que aumentou em 10% em relação a 2021. Portanto, a queda das exportações indianas em 2022 será moderada, atingindo entorno de 21 milhões de toneladas, já 2% a menos do que o volume recorde de 2021. Um declínio mais significativo pode ocorrer em 2023, para 19,5 milhões de toneladas, devido a um declínio anunciado na produção de 2022/2023. Em novembro, o arroz indiano 5% esteve cotado a US$ 390,00 por tonelada FOB contra US$ 378,00 por tonelada em outubro. O arroz 25% subiu a US$ 374,00 por tonelada contra US$ 365,00 por tonelada.
Na Tailândia, os preços subiram 2% em novembro, apesar da mitigação da demanda no final de novembro. Este aumento se deve principalmente à valorização significativa do bath em relação ao dólar. Os exportadores tailandeses estão tirando proveito das restrições indianas para atrair novos clientes. Em outubro, as exportações atingiram 795.000 toneladas. É o maior nível mensal de exportação desde finais de 2019. Em 2022, as vendas externas podem atingir 7,5 milhões de toneladas, 25% a mais que em 2021. O preço do arroz Thai 100%B atingiu US$ 431,00 por tonelada em novembro contra US$ 425,00 por tonelada em outubro. O arroz parboilizado subiu para US$ 434,00 por tonelada contra US$ 425,00 por tonelada. O quebrado A1 super aumentou significativamente de 4% para US$ 395,00 por tonelada contra US$ 380,00 por tonelada. O arroz quebrado tailandês continua a se beneficiar das limitações de exportação da Índia e da menor oferta do Vietnã. Neste mês de dezembro, os preços permanecem firmes.
No Vietnã, os preços de exportação tiveram aumentos moderados em dezembro, de 1,5% em um mês. Mas, é o nível mais alto desde junho de 2021 e deve se manter firme nos próximos meses devido à menor oferta exportável. Em novembro, as exportações do Vietnã tendiam a mitigar, atingindo 635.000 toneladas contra 714.000 toneladas em outubro. Entretanto, apresentam um avanço de 10% e podem chegar a 7,4 milhões de toneladas em 2022. O Viet 5% foi negociado a US$ 436,00 por tonelada em novembro contra US$ 430,00 por tonelada anteriormente. O Viet 25% esteve cotado a US$ 418,00 por tonelada contra US$ 410,00 por tonelada anteriormente. Neste mês de dezembro, os preços permanecem firmes.
No Paquistão, os preços do arroz avançaram expressivos 6% a 7% em novembro. Permanecem ainda entre os mais competitivos do mercado, mas o diferencial está se reduzindo com a Tailândia e o Vietnã. O forte aumento dos preços deve-se principalmente ao aumento da demanda por parte da China. As vendas para a China aumentaram 40% em relação a 2021 e agora respondem por quase 30% das vendas paquistanesas. Em 2022, as exportações podem atingir 4,5 milhões de toneladas, ou seja 15% a mais do que em 2021. Em 2023, a queda dos suprimentos pode reduzir as exportações para 4 milhões de toneladas. Em novembro, Pak 25% subiu para US$ 398,00 por tonelada contra US$ 376,00 por tonelada em outubro. Neste mês de dezembro, os preços estão firmes em torno de US$ 420,00 por tonelada.
Nos Estados Unidos, os preços do arroz subiram novamente 1% em um mercado de exportação pouco ativo. A oferta exportável é fraca e os exportadores norte-americanos sofrem da forte concorrência do Mercosul em seus mercados tradicionais da América Central. Em novembro, as exportações atingiram apenas 85.000 toneladas, contra 200.000 toneladas em outubro, apontando assim um atraso de 30% em relação a 2021 na mesma época. O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 subiu para US$ 703,00 por tonelada em novembro, contra US$ 695,00 por tonelada em outubro. Neste mês de dezembro, os preços estão firmes. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.