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23/Oct/2025

Exportação brasileira ganhando ritmo em outubro

O mercado brasileiro de algodão registra aceleração no ritmo de exportações em outubro, impulsionado pelo avanço do beneficiamento da safra 2024/2025, que já ultrapassou a metade. Mantido o desempenho atual, o volume embarcado no mês pode ser o maior desde janeiro. No mercado interno, as cotações oscilam em faixa estreita, próximas à paridade de exportação, com indústrias adotando postura cautelosa nas compras diante do baixo escoamento de produtos manufaturados. O Indicador de preço do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 4,07% na parcial de outubro. A média do Indicador está 0,4% abaixo da paridade de exportação. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mostram que, até 16 de outubro, o beneficiamento da safra 2024/2025 atingia 59,5% no País. Em Mato Grosso, o percentual era de 52%, e, na Bahia, de 80%.

As exportações somam 177,2 mil toneladas em 13 dias úteis de outubro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apenas 0,09% abaixo do total embarcado em setembro. A média diária está em 13,632 mil toneladas, em comparação com 12,77 mil toneladas há um ano, alta de 6,75%. Mantido esse ritmo, o Brasil poderá exportar cerca de 300 mil toneladas em outubro, o maior volume desde janeiro, quando foram embarcadas 415,6 mil toneladas. A pluma exportada foi negociada, em média, a 73,92 centavos de dólar por libra-peso na parcial de outubro, leve alta de 0,3% frente ao mês anterior, mas queda de 8,9% em relação a outubro de 2024. Em moeda nacional, o valor médio recebido foi de R$ 3,98 por libra-peso, 12,3% acima do mercado interno. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), é de R$ 3,49 por libra-peso no Porto de Santos (SP) e R$ 3,50 por libra-peso no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente.

Segundo a StoneX, os preços do algodão continuam sob pressão em virtude da ampla oferta global e dos altos estoques. O mercado internacional vem operando em uma faixa estreita, com movimentos limitados de alta ou baixa. Quando os preços se aproximam do topo dessa faixa, os produtores aproveitam para vender. Quando recuam, os fundos voltam a comprar posições. Essa oscilação cria uma tendência lateral que se retroalimenta, típica de um mercado com fundamentos fracos. O Brasil se consolidou como o principal exportador mundial após três safras recordes. O pico das vendas brasileiras costuma coincidir com o início da colheita nos Estados Unidos, o que acirra a competição internacional e mantém os preços pressionados. Na cadeia têxtil, em setembro as exportações somaram US$ 360,06 milhões, alta de 92,8% frente ao mês anterior. As importações alcançaram US$ 525,7 milhões. A balança registrou déficit de US$ 165,63 milhões no mês. No acumulado de 2025, o déficit chega a US$ 588,9 milhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.