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22/Oct/2025

Preços do algodão estáveis no mercado doméstico

O beneficiamento da pluma da safra 2024/2025 já passou da metade, e isso vem contribuindo para que o ritmo de exportação da commodity ganhe força. Caso o atual desempenho dos embarques brasileiros siga firme até o final de outubro, o volume do mês pode ser o maior desde o início deste ano. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mostram que, até 16 de outubro, o beneficiamento da safra 2024/2025 atingia 59,5% no País. Em Mato Grosso, o percentual era de 52%, e, na Bahia, de 80%. Quanto às exportações, na parcial de outubro, somam 177,2 mil toneladas de pluma em 13 dias úteis, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume está apenas 0,09% abaixo do total embarcado em setembro/2025 (178,8 mil toneladas), mas 36,9% inferior ao de outubro/2024 (280,95 mil toneladas).

A média diária está em 13,632 mil toneladas, contra 12,77 mil toneladas há um ano (+6,75%). Mantido esse ritmo, o Brasil poderá exportar mais de 300 mil toneladas em outubro/2025, o maior volume desde janeiro/2025, quando foram embarcadas 415,6 mil toneladas. A pluma exportada foi negociada, em média, a 73,92 centavos de dólar por libra-peso na parcial de outubro, leve alta de 0,3% frente à do mês anterior, mas queda de 8,9% em relação à de outubro/2024. Em moeda nacional, o valor médio recebido foi de R$ 3,98 por libra-peso, 12,3% acima do praticado no mercado interno (R$ 3,54 por libra-peso). O baixo escoamento de produtos manufaturados tem levado as indústrias a adotarem uma postura cautelosa nas compras de novos lotes de pluma.

Assim, as cotações do algodão oscilam dentro de uma faixa relativamente estreita, acompanhando o comportamento da paridade de exportação. A média do mês está em R$ 3,55 por libra-peso, com mínima de R$ 3,50 por libra-peso e máxima de R$ 3,61 por libra-peso, ou seja, um intervalo de cerca de 2,8%. Diante da ampla oferta de produto, os valores domésticos seguem próximos à paridade. Os agentes continuam priorizando os embarques de contratos a termo, tanto no mercado interno quanto no externo, por oferecerem remunerações superiores às do spot, cuja média mensal recua pelo quinto mês consecutivo. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, se mantém praticamente estável (-0,05%) nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,53 por libra-peso. Na parcial de outubro, o Indicador acumula queda de 3,33%. Assim, a média do Indicador está 0,4% abaixo da paridade de exportação.

A paridade de exportação (FAS) é de R$ 3,49 por libra-peso (65,10 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP), e de R$ 3,50 por libra-peso (65,29 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo-Oriente. Na Bolsa de Nova York, os contratos são impulsionados por recuperação técnica, pela queda do dólar frente às principais moedas e pela valorização do petróleo no mercado internacional. Assim, nos últimos sete dias, o vencimento Dezembro/2025 apresenta avanço de 0,90% para 64,16 centavos de dólar por libra-peso; Março/2026, com alta de 0,78% para 65,77 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2026, 0,68% para 67,01 centavos de dólar por libra-peso; e Julho/2026, +0,55%, cotado a 68,16 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.