16/Oct/2025
Segundo a StoneX, o Brasil deve manter a liderança no mercado global de algodão com a exportação de 2,95 milhões de toneladas até o fim de 2025, sustentado por safra 2024/2025 recorde de cerca de 4 milhões de toneladas de pluma. Para a próxima temporada, a expectativa é de leve redução de área, sem prejuízo à posição do País no comércio internacional. A fatia brasileira nas exportações globais saiu de 12,5% em 2015 para mais de 30% em 2025, abocanhando espaço dos Estados Unidos. Há dez anos, o Brasil não exportava nem 1 milhão de toneladas. Esse ganho foi significativo.
Os embarques tendem a acelerar no último trimestre. Há otimismo para outubro, novembro e dezembro, quando os volumes devem ganhar tração. Para 2025/2026, a StoneX projeta diminuição de cerca de 75 mil hectares, levando a área a leve recuo em relação aos atuais 2 milhões de hectares. A medida responde a preços internacionais ao redor de 63,00 centavos de dólar por libra-peso. O ajuste, porém, não é generalizado. Grandes produtores mantêm ou ampliam plantio, compensando a queda entre players menores. A competitividade brasileira continua elevada, enquanto os Estados Unidos reduziram área em 14% em 2025 e iniciaram o ciclo com ritmo fraco de exportações.
A China, maior consumidora, diminuiu compras externas após duas boas safras, o que reduz a demanda por algodão norte-americano. Acordos entre os Estados Unidos e países asiáticos, como Vietnã, Paquistão e Bangladesh, buscam ampliar as vendas norte-americanas. O Vietnã tornou-se o principal destino, com tarifa zero para o algodão importado, mas o vestuário produzido localmente entra no mercado norte-americano com tarifa de 20%, limitando o efeito. Os impactos práticos ainda são restritos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.