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15/Oct/2025

Preços devem seguir pressionados em 2025/2026

Segundo o Itaú BBA, os estoques de algodão do Brasil devem crescer na safra 2025/2026, mesmo com expectativa de exportações recordes acima de 3 milhões de toneladas. A pressão virá da safra recorde de 2024/2025, que elevará significativamente a oferta disponível no País, enquanto a demanda interna deve permanecer limitada por fatores econômicos como juros elevados e consumo fraco de têxteis. A expressiva produção brasileira na safra 2024/2025 deverá impactar significativamente a oferta global em 2025/2026. A expectativa é de uma demanda interna estável, ainda limitada por fatores econômicos como os juros elevados, que afetam o consumo de têxteis e vestuário. Por outro lado, as exportações devem atingir um novo recorde, superando 3 milhões de toneladas. No entanto, os estoques iniciais elevados somados à grande produção devem resultar em estoques de passagem ainda maiores no ciclo 2025/2026.

O cenário global também aponta para pressão sobre os preços. A demanda no varejo por produtos têxteis continua fraca, com poucos pedidos para as fábricas e uma demanda global estagnada. O mercado de algodão segue bem abastecido, com ampla oferta e consumo limitado. Além disso, tarifas e incertezas comerciais têm travado investimentos e contratos de longo prazo. Com a paralisação do governo federal dos Estados Unidos e a suspensão dos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado opera momentaneamente sem acesso a informações oficiais, o que tem alimentado especulações sobre uma possível revisão para cima da safra norte-americana. As lavouras apresentam condições melhores em comparação ao ano anterior, e a maior produtividade pode compensar parcialmente a redução de área, abrindo espaço para uma revisão positiva na estimativa de produção da safra 2025/2026.

O corte de juros nos Estados Unidos impediu quedas mais acentuadas nos preços na Bolsa de Nova York, mas apenas um fator novo, como um avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, poderia trazer uma nova dinâmica ao mercado. Em setembro, os preços do algodão no mercado brasileiro alcançaram os níveis mais baixos dos últimos dois anos, influenciados pela chegada da nova safra e pela queda na paridade de exportação. Em setembro, a pluma acumulou a quarta queda mensal seguida, com desvalorização de 7,9%, cotada a R$ 3,50 por libra-peso em Rondonópolis (MT). A conclusão da colheita e o aumento do volume beneficiado, somados à demanda interna e externa ainda reticente, pressionaram as cotações. O beneficiamento da pluma já se aproxima de 50%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.