02/Oct/2025

A ampla oferta de algodão segue pressionando as cotações da pluma. No Brasil, que está encerrando a colheita da safra 2024/2025, os negócios são pontuais pois os preços sugeridos na compra nem sempre despertam interesse dos produtores. Do lado da indústria, a avaliação é de que as cotações podem ceder mais, visto o desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Nova York. Setembro foi o quarto mês consecutivo de queda dos preços. A média do Indicador Cepea/Esalq em setembro foi de R$ 3,71 por libra-peso, quedas de 6,59% frente a agosto/2025 e de 8,26% em relação a setembro/2024, sendo a menor desde fevereiro/2015 (R$ 3,54 por libra-peso), em termos reais (IGP-DI de agosto/2025). Apesar disso, a média atual está 1,9% acima da paridade de exportação, evidenciando que negociar a pluma no mercado doméstico ainda está mais atrativo que vender ao externo.

Na Bolsa de Nova York, o contrato com vencimento em dezembro, o mais líquido, cai mais de 6% no acumulado do ano. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) destacou a pressão vinda das incertezas no comércio internacional, influenciadas pelas disputas tarifárias envolvendo os Estados Unidos. A previsão de uma produção global elevada também tem influenciado as cotações internas. Mas. Em Mato Grosso é comum que os preços cedam nesse período de entrada da safra. Nesta semana, o recuo superou 10% ante igual período do ano anterior. Entre 29 de agosto e 29 de setembro, a paridade de exportação (FAS) caiu 2,6%, para R$ 3,58 por libra-peso (67,39 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e R$ 3,59 por libra-peso (67,59 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR). A queda foi influenciada pela desvalorização do dólar frente ao Real e pela retração de 0,64% do Índice Cotlook A, a 77,70 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.