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20/Mar/2025

Preços do algodão sustentados no mercado interno

A expectativa de uma menor área plantada com algodão nos Estados Unidos pode dar suporte aos preços internacionais nos próximos meses. Hoje, o mercado está pressionado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China. Segundo a StoneX, a expectativa é de uma redução significativa da área norte-americana para a safra 2025/2026, o que poderia trazer um respiro ao mercado. Na Bolsa de Nova York, os contratos fecharam em queda nesta quarta-feira (19/03). O vencimento maio recuou 12 pontos (0,18%), e fechou a 66,35 centavos de dólar por libra-peso, pressionado pela alta do índice do dólar. A demanda chinesa segue enfraquecida. Dados do Departamento de Alfândegas da China (GACC) mostram que o país importou 260 mil toneladas de algodão em janeiro e fevereiro, queda de 58,7% ante igual período de 2024.

O que está pressionando bastante os preços do algodão nos últimos tempos é justamente a questão tarifária. Esse algodão com referência na Bolsa de Nova York está precificando o algodão norte-americano, cujo mercado é altamente dependente das exportações. Caso os Estados Unidos mantenham sua postura isolacionista, o cenário de exportações baixas e estoques elevados deve persistir. O mercado norte-americano segue pressionado. Apesar de alguns fatores positivos, como a possível redução de área plantada, as tarifas chinesas dificultam a recuperação das cotações. No mercado global, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta produção mundial de 26,336 milhões de toneladas na safra 2024/2025, 7,1% acima da temporada anterior.

No Brasil, os preços seguem sustentados pela firmeza dos produtores e pela competitividade no mercado externo. O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 4,24 por libra-peso, alta de 1,63% no mês. A média móvel dos últimos três indicadores está em R$ 4,24 por libra-peso. As valorizações externas e a disposição dos compradores em pagar mais por lotes de pluma com características desejadas têm sustentado o movimento de alta. Vale lembrar que, desde dezembro/2024, os preços seguem oscilando em um pequeno intervalo, e que, ainda assim, os atuais patamares são os maiores em um ano. Os produtores estão focados no cumprimento de contratos e mostram interesse na comercialização antecipada para as próximas safras.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a projeção da safra 2024/2025 para 3,822 milhões de toneladas, crescimento de 3,3% sobre a temporada anterior. Mato Grosso, maior produtor do País, deve colher 2,665 milhões de toneladas, alta de 0,5% no ano. A área plantada no Estado foi revisada para 1,445 milhão de hectares, avanço de 2,1% sobre 2023/2024. Para o Brasil, o USDA ajustou positivamente a projeção de exportações, prevendo embarques recordes de 2,83 milhões de toneladas, 5,6% acima da safra anterior. O Brasil segue bem-posicionado no mercado externo, tanto em volume quanto em qualidade. O câmbio e a disponibilidade de pluma ajudam a manter essa vantagem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.