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25/Feb/2025

Preços em alta limitada pela boa oferta em 2025

Conforme projeções do Banco do Brasil no Boletim Agro, divulgado nesta segunda-feira (24/02), a produção brasileira de algodão deve crescer 1,6% em 2025. Mesmo com uma leve queda prevista na produção de Mato Grosso, maior produtor nacional, essa redução será compensada pela expansão nas demais regiões. A produção de algodão em pluma deve atingir 3,7 milhões de toneladas em 2025, próximo à safra recorde de 2023/2024, resultado que se deve principalmente ao aumento de 3,2% na área plantada. O plantio já está quase finalizado em todas as regiões produtoras. Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul já concluíram essa etapa, enquanto Mato Grosso está com 95,8% do plantio finalizado.

No cenário comercial, as exportações em 2024 alcançaram aproximadamente 2,8 milhões de toneladas. A China é o principal destino (33,3%). Para 2025, a previsão é de crescimento de 2,7% nos embarques externos, impulsionado pela qualidade do produto e pelo preço competitivo. Quanto aos preços, as cotações no Brasil podem ser pressionadas pela maior oferta, estoque elevado, demanda contida e crescimento econômico limitado. Contudo, a valorização do dólar frente ao Real pode impulsionar a paridade de exportação, oferecendo algum suporte aos preços. Para o próximo trimestre, a expectativa é de que permaneça um cenário global de ampla oferta, com a produção crescendo mais que o consumo.

O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe uma perspectiva de elevação da produção mundial de algodão para a temporada 2024/2025, diante da expectativa de colheitas melhores na China, Austrália e nos Estados Unidos. No entanto, não houve um incremento significativo no consumo, o que tende a gerar um crescimento dos estoques mundiais, pressionando para baixo os preços. No Brasil, o avanço da entressafra deve continuar sustentando os preços, permitindo a valorização sazonal das cotações nos primeiros meses do ano. Entretanto, o cenário internacional, com oferta confortável, tende a limitar uma alta de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.