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06/Feb/2025

Preços do algodão são limitados pela fraca demanda

O mercado de algodão continua sem impulso para recuperação no curto prazo, com estoques altos e demanda interna enfraquecida. O setor ainda sente os reflexos da boa safra passada, enquanto a temporada 2024/2025 avança no campo sem contratempos. Mesmo com boas exportações, o mercado interno enfrenta um excesso de oferta, e os preços seguem pressionados. Em janeiro, o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, recuou 1,92%, fechando o mês a R$ 4,11 por libra-peso. A média mensal foi de R$ 4,15 por libra-peso, 0,26% acima de dezembro/2024, mas 2,45% inferior a janeiro/2024, em termos reais. O Indicador acumula queda de 0,80% na parcial de fevereiro.

A paridade de exportação na condição Free Alongside Ship (FAS) é de R$ 3,94 por libra-peso (67,62 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,95 por libra-peso (67,80 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá, os menores patamares desde setembro de 2024. Houve negociações pontuais no spot nacional em janeiro, mas a demanda segue desaquecida. Os vendedores priorizaram contratos a termo para exportação e mercado interno, enquanto os compradores mantiveram aquisições para reposição de estoques.

Não há fundamentos para uma mudança expressiva nas cotações internas no curto prazo. No campo, a semeadura da safra 2024/2025 avança conforme o cronograma. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apontam que 44,16% da área total estava plantada até 30 de janeiro, com destaque para São Paulo (96%), Minas Gerais (93%) e Goiás (87,07%). Em Mato Grosso, o plantio ocorre em ritmo mais lento, devido à colheita de soja ainda em andamento, o que impacta o algodão de 2ª safra.

No mercado global, o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) elevou sua projeção de produção mundial para 25,548 milhões de toneladas na safra 2024/2025, alta de 5,91% em relação ao ciclo anterior. O consumo global foi mantido em 25,424 milhões de toneladas, praticamente equilibrado com a oferta. A estimativa para exportação global foi reduzida em 2,66%, totalizando 9,608 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais foram ajustados para 18,688 milhões de toneladas. Não há sinais de reação. Apenas movimentos especulativos no petróleo ou oscilações do dólar poderiam alterar esse cenário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.