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16/Jan/2025

Preços estão pressionados pela maior oferta global

O mercado de algodão enfrenta pressão neste começo do ano após o primeiro relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 10 de janeiro. O relatório veio com um tom mais baixista, aumentando o estoque dos Estados Unidos e o estoque global. Com isso, não há expectativa no curto prazo para uma recuperação dos preços da pluma. O USDA projetou produção global de 26,007 milhões de toneladas na safra 2024/2025, alta de 5,7% em relação à temporada anterior. Com um consumo estimado em 25,233 milhões de toneladas, a oferta deve superar a demanda em 3,1%. Para os Estados Unidos, a projeção de produção foi elevada para 3,138 milhões de toneladas e os estoques finais foram revisados para 1,045 milhão de toneladas, refletindo a menor expectativa de exportações. Com esse cenário, o USDA reduziu sua projeção para o preço médio da safra de 66,00 centavos de dólar por libra-peso para 65,00 centavos de dólar por libra-peso.

Os contratos futuros na Bolsa de Nova York reagiram positivamente nesta quarta-feira (15/01). O vencimento março avançou 27 pontos (0,40%), e fechou a 67,77 centavos de dólar por libra-peso. No Brasil, o Indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 4,17 por libra-peso, acumulando queda de 0,43% em janeiro. No mercado físico, observa-se uma demanda considerada boa para novos negócios, principalmente do disponível para embarque mais próximo, mas isso é natural do momento, porque o preço está no nível mais baixo dos últimos 12 meses. Para a safra nova, os negócios seguem em ritmo lento. Os produtores já estão praticamente com o saldo de 2024 apurado. Alguns que têm necessidade de venda mais imediata por conta de caixa acabam vendendo nesses níveis atuais, mas o produtor mais equilibrado acaba segurando, com a expectativa de que talvez tenha alguma janela de preço mais alto em breve. O plantio da safra 2024/2025 avança em ritmo diferente entre os Estados.

Com exceção de Mato Grosso, que ainda está na etapa mais inicial, os outros Estados já estão bem avançados e tiveram chuvas desde dezembro. Em Mato Grosso, o excesso de chuvas tem atrasado a colheita da soja e, consequentemente, o plantio do algodão 2ª safra. O plantio de 1ª safra ocorreu de forma regular em dezembro, mas o de 2ª safra ainda está num ritmo moderado. A indústria nacional retoma gradualmente as atividades após o recesso de fim de ano. A demanda maior é para negócio imediato, com entregas para primeiro trimestre do ano. Têm saído alguns negócios de produtores vendendo para a indústria, mas os preços das tradings estão um pouco acima do mercado. Destaque para o movimento das indústrias da Região Nordeste, que têm recorrido ao algodão de Mato Grosso para abastecimento. A Bahia não tem muita oferta, que seria uma venda mais natural por conta de logística. Mesmo com o incremento de preço devido ao diferencial de frete, acaba ficando interessante para as fábricas nordestinas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.