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06/Jan/2025

Preços do algodão sustentados no mercado interno

Mesmo diante da desvalorização externa e do fraco ritmo de comercialização no mercado spot nacional neste início de ano, os preços do algodão em pluma estão em alta no Brasil. A sustentação vem da posição firme de vendedores, que se atentam ao elevado patamar do dólar. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, atingiu R$ 4,2160 por libra-peso, o maior patamar nominal desde meados de março de 2024. Diante desse cenário – de queda no mercado internacional e de alta no doméstico –, a diferença entre os preços interno e externo da pluma caiu. Na média de dezembro, o Indicador ficou 2,9% abaixo da paridade de exportação. A média mensal na parcial de dezembro foi de R$ 4,125 por libra-peso, 4,1% acima da de novembro de 2024, mas 1,6% inferior à de dezembro de 2023, em termos reais. Em dólar, na parcial do mês, a média do Indicador à vista foi de US$ 0,6795 por libra-peso, 15,6% menor que a média do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente), de US$ 0,8047 por libra-peso.

No mercado internacional, a paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,13 por libra-peso (US$ 0,68 por libra-peso) no porto de Santos (São Paulo). Na Bolsa de Nova York, em dezembro, o vencimento Março de 2025 se desvalorizou 5,1%, para US$ 0,68 por libra-peso. O relatório divulgado no dia 20 de dezembro pelo Cotton Outlook estima a produção mundial da temporada 2024/2025 em 25,978 milhões de toneladas, reajuste positivo de 1,7% frente aos dados de novembro de 2024 e 3,7% maior que o volume esperado para 2023/2024 (25,04 milhões de toneladas). O consumo mundial está projetado em 24,444 milhões de toneladas na safra 2024/2025, retração de 0,3% se comparado ao mês anterior, mas avanço de 1,3% se comparado à safra 2023/2024.

Logo, a oferta global superaria em 6,3% a demanda. Para o Brasil, projeta-se aumento de 3,6% na produção da temporada 2024/2025 frente à anterior, em 3,7 milhões de toneladas. Para o consumo brasileiro, a projeção segue estável, em 710 mil toneladas na safra 2024/2025, avanço de 2,2% em relação à anterior. Com a alta nos preços do caroço de algodão, parte dos compradores esteve retraída, aguardando uma possível pressão, fundamentada na melhora nas pastagens e no recuo nos valores do boi. Diante disso, as negociações no spot estão pontuais, com as atenções voltadas aos carregamentos. No entanto, os preços seguem firmes. O valor médio do caroço no mercado spot na parcial de dezembro de 2024 foi de R$ 982,79 por tonelada em Campo Novo do Parecis (Mato Grosso), altas de 18,3% em relação ao mês anterior e de 53,3% sobre dezembro de 2023 (R$ 641,21 por tonelada), em termos reais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.