05/Dec/2024
Os preços do algodão no mercado brasileiro têm oscilado, reflexo da demanda aquecida e da valorização do dólar frente ao Real. O Indicador Cepea/Esalq para o algodão em pluma fechou novembro em R$ 4,06 por libra-peso, avanço de 3,35% no mês e maior valor desde agosto. A valorização do dólar, que atingiu R$ 6,00 no fim de novembro, favoreceu as exportações em detrimento do mercado doméstico. A paridade de exportação subiu 3,26%, alcançando R$ 4,28 por libra-peso no Porto de Santos (SP) e R$ 4,29 por libra-peso no Porto de Paranaguá (PR). Em Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as paridades de exportação para os contratos de dezembro de 2024 e julho de 2025 subiram na última semana de novembro.
As médias encerraram o período em R$ 139,41 por arroba e R$ 143,79 por arroba, respectivamente, representando elevações de 9,24% e 4,05% em relação à semana anterior. A projeção de produção em Mato Grosso é de 6,55 milhões de toneladas em caroço na safra 2024/2025, volume 2,34% maior que o de 2023/2024, mas com queda de 1,77% ante a estimativa de novembro. O recuo na projeção foi influenciado sobretudo pelo atraso na semeadura da soja, o que pode resultar em um aumento de área da oleaginosa a ser colhida durante o período das chuvas, e, consequentemente, comprometer o plantio do algodão de 2ª safra. O Brasil deve manter a liderança na exportação mundial de algodão na safra 2024/2025.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o volume beneficiado deve aumentar 5,8%, passando de 3,69 milhões para 3,91 milhões de toneladas, com área cultivada 6,6% superior, para 2,12 milhões de hectares. A perspectiva para o ano que vem é manter a eficiência, cuidando dos detalhes e, rigorosamente, do custo de produção, para garantir a remuneração do produtor. As projeções da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam exportações de 2,8 milhões de toneladas na safra 2024/2025. O Brasil terá uma safra grande e um mercado competitivo. O setor está confiante em alcançar os objetivos novamente.
A indústria têxtil encerrou 2024 com crescimento na produção de têxteis (+3,6%) e vestuário (+1,7%), conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Não foi um ano espetacular, mas foi positivo. Cerca de 45% dos empresários do setor se mostram otimistas para 2025, apesar de desafios como falta de mão de obra qualificada (61%), instabilidade econômica (51%) e alta carga tributária (49%). O Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac) prevê produção mundial de 25,30 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, aumento de 4,9% sobre 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.