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28/Nov/2024

Preço do algodão oscila com exportação aquecida

O mercado brasileiro de algodão tem registrado oscilações nos preços, reflexo da postura firme de vendedores e da movimentação aquecida no mercado internacional. A StoneX avaliou que os fundamentos continuam apontando para um mercado estável no curto prazo. A demanda de fim de ano pode trazer algum impulso, mas a grande safra esperada e os preços ainda baixos no mercado interno sugerem um mercado sem grandes surpresas até o início de 2025. O mercado de algodão no Brasil e na Bolsa de Nova York tem oscilado em uma janela muito curta ao longo de todo o ano, sem grandes mudanças ou padrões claros.

No Brasil, assim como no exterior, o mercado tem operado em uma faixa limitada de preços, com grandes oscilações, mas sem um direcionamento consistente. Ao longo desta semana, os contratos futuros de algodão na Bolsa de Nova York registram alta significativa, com o vencimento dezembro/2024 acumulando ganho de 9,88%. O movimento é impulsionado pela valorização do petróleo, que aumentou a competitividade do algodão em relação às fibras sintéticas. Na terça-feira (26/11), no entanto, o mercado mostrou sinais de acomodação. Os futuros de algodão fecharam próximos da estabilidade, com o contrato março/2025 recuando 4 pontos (0,06%), para 71,68 centavos de dólar por libra-peso.

A semana passada foi de recuperação no mercado da Bolsa de Nova York, mas ainda carece de fundamentos mais sólidos. Forma cinco dias positivos, com ganhos próximos a 3% no contrato de março, mas isso foi precedido por uma perda de 6% na semana anterior. O mercado tenta se estabilizar em um nível de preço mais normalizado. A cautela entre os traders reflete um movimento de realização de lucros, após seis pregões consecutivos de alta. Além disso, o progresso na colheita dos Estados Unidos traz pressão adicional sobre os preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 84% da safra já havia sido colhida até o dia 24 de novembro, um avanço em relação aos 81% registrados no mesmo período do ano passado e à média de cinco anos, de 80%.

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da pluma, 41,6% da safra 2024/2025 foi negociada, abaixo da média histórica de 53,4%, O preço médio no Estado está em R$ 3,73 por libra-peso, enquanto a paridade de exportação chegou a R$ 4,10 por libra-peso nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP). O mercado deve se preparar para o início do plantio de uma safra muito grande nos próximos meses. Com os preços ainda baixos, é provável que alguns produtores optem por segurar as vendas um pouco mais, aguardando condições mais favoráveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.