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17/Oct/2024

Preço do algodão estável e baixa liquidez no mercado

Os preços do algodão no Brasil permanecem estáveis, com oscilações dentro de uma faixa estreita, enquanto cerca de dois terços da safra de 2023/2024 já foi beneficiada. A liquidez no mercado spot continua baixa, com o foco direcionado ao cumprimento de contratos previamente firmados. Ao mesmo tempo, a rentabilidade da cultura, que se mostra maior em relação ao milho 2ª safra, tem atraído mais produtores, gerando expectativas de aumento de área cultivada na safra 2024/2025. O Indicador Cepea/Esalq do algodão em pluma, com pagamento em até 8 dias, apresenta queda de 0,58% nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,93 por libra-peso. No acumulado de outubro, o Indicador já registra uma baixa de 2,16%, refletindo o impacto da queda nos contratos futuros da Bolsa de Nova York e a volatilidade do câmbio. Embora o mercado de algodão esteja relativamente estável no curto prazo, o principal desafio será a recuperação da demanda global.

Para ver altas consistentes nos preços, é preciso o retorno da demanda. As fábricas ao redor do mundo ainda estão operando com capacidade reduzida, o que limita o consumo. Enquanto isso não mudar, o mercado continuará pressionado, oscilando dentro de faixas estreitas. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 63,67% da safra atual já foi beneficiada até o dia 10 de outubro. O Maranhão lidera, com 85% de sua produção processada, seguido por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia, todos com mais de 80%. Mato Grosso, maior produtor nacional, atingiu 57%. Em relatório divulgado no dia 5 de outubro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou um crescimento de 2,9% na área plantada de algodão para a safra 2024/2025, totalizando 2 milhões de hectares. No entanto, a produtividade média nacional deve recuar 3,1%, resultando em uma produção ligeiramente menor, estimada em 3,67 milhões de toneladas. Sobre o aumento de área plantada, é preciso estar alerta para os desafios logísticos que acompanham essa expansão.

Com o aumento da produção, é preciso garantir que a infraestrutura suporte o crescimento. A capacidade dos portos, especialmente o Porto de Santos (SP), será fundamental para evitar gargalos e sustentar o ritmo das exportações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que 34% da safra de algodão apresentava condição boa ou excelente até o dia 13 de outubro, aumento de 5% ante a semana anterior. A agência informou ainda que 88% da safra tinha abertura de maçãs, ante 86% há um ano e na média de cinco anos. A colheita estava 34% concluída, ante 31% há um ano e 30% na média. Na semana passada, o USDA revisou a produção mundial de algodão para a safra 2024/2025 para 25,395 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% em relação ao ciclo anterior. Apesar disso, o consumo global permanece estável, em 25,199 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de algodão devem cair 0,1% na próxima safra, enquanto as norte-americanas terão uma retração de 2,1%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.