11/Oct/2024

Segundo a StoneX, o mercado global de algodão deverá registrar o terceiro ano consecutivo de superávit de oferta na safra 2024/2025. Se observa uma tendência consistente de oferta excedente no mercado de algodão. Mesmo com algumas incertezas climáticas, a expectativa é de mais um ano de sobra de produto no cenário internacional. As projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam um excedente global de 1,5 milhão de toneladas de algodão para 2024/2025, 25% maior que o da safra anterior. Essas estimativas ainda não consideram totalmente os impactos dos recentes eventos climáticos nos Estados Unidos.

O Texas sofreu com estiagem. Furacões prejudicaram áreas de algodão na Geórgia e Louisiana, podendo reduzir a produtividade norte-americana para cerca de 3 milhões de toneladas. O Brasil projeta uma safra recorde de 3,82 milhões de toneladas para 2024/2025, um aumento de 200 mil toneladas em relação ao ciclo anterior. Apesar da queda de aproximadamente 20% nos preços, o algodão segue competitivo para os produtores brasileiros, especialmente quando comparado ao milho 2ª safra. Toda essa oferta está pressionando os preços do algodão na Bolsa de Nova York, que neste ano chegou a trabalhar em 65,00 centavos de dólar por libra-peso. Agora está na casa dos 70,00 centavos de dólar por libra-peso.

Sobre as perspectivas futuras, o embora o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos tenha impulsionado os contratos de algodão em setembro, as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, mantêm dúvidas sobre o futuro das taxas de juros. Há preocupação com uma possível deterioração no mercado de trabalho dos Estados Unidos e com o risco de recessão, o que levou a um corte nas taxas de juros em setembro. No entanto, a inflação continua acima da meta, o que pode limitar cortes futuros nas taxas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.