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19/Sep/2024

Preços do algodão pressionados pela maior oferta

Segundo o Itaú BBA, o mercado brasileiro de algodão segue pressionado pela maior oferta interna e pela demanda global enfraquecida. A colheita no Brasil está próxima de ser concluída, com aumento de área plantada, principalmente em Mato Grosso, e produtividade abaixo da média da safra anterior. A colheita da fibra alcançou 98,5% e as produtividades registradas são positivas, mas, na média, abaixo da safra anterior. O aumento da oferta doméstica já levou o prêmio de exportação a ficar próximo de -2,00 centavos de dólar por libra-peso.

No cenário externo, a demanda global permanece fraca, com as compras chinesas de algodão dos Estados Unidos aquém das expectativas. Embora os preços internacionais tenham reagido levemente nos primeiros dias de setembro, o avanço da colheita nos Estados Unidos e os baixos preços do petróleo devem limitar novos ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a produção de algodão nos principais países produtores, como Estados Unidos, Índia e Paquistão.

Na Índia, o plantio ficou 10% atrás do mesmo período de 2023, prejudicado por chuvas intensas e inundações. No Brasil, o atraso nas chuvas pode fazer com que produtores de Mato Grosso priorizem o algodão na primeira safra em vez da soja, devido à possível restrição na janela de plantio do algodão 2ª safra. O cenário de alta oferta global e demanda fraca mantém o viés negativo para os preços do algodão no mercado interno, com tendência de novas pressões nos próximos meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.