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11/Sep/2024

Preço do algodão se recuperando no mercado interno

As cotações internas de algodão em pluma iniciaram setembro com maior volatilidade. Nos últimos sete dias, contudo, verifica-se certa recuperação de parte das perdas registradas em agosto. A dificuldade em acordar preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis no spot continua limitando a liquidez. Além disso, os vendedores permanecem dando prioridade à entrega de contratos a termo destinados aos mercados interno e externo. Comerciantes, por sua vez, buscam novos lotes para atender a suas programações, mas também operam realizando negócios “casados”. Quanto às negociações de fios, agentes apontam melhora no ritmo de comercialização, refletindo em uma demanda pontual para atender à necessidade imediata e/ou à reposição de estoque.

O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra avanço de 1,36%nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,94 por libra-peso. Neste início de mês, a elevação acumulada é de 1,41%. A média do Indicador nesta parcial de setembro está 1% abaixo da paridade de exportação. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), é de R$ 3,92 por libra-peso (70,22 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,93 por libra-peso no Porto e Paranaguá (70,41 centavos de dólar por libra-peso), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os contratos estão pressionados, influenciados pelas boas condições das lavouras e pelo enfraquecimento no valor do petróleo.

Nos últimos sete dias, o vencimento Outubro/2024 registra desvalorização de 3,22%, a 67,54 centavos de dólar por libra-peso; para o Dezembro/2024, a baixa é de 3,29%, a 67,69 centavos de dólar por libra-peso; para Março/2025, de 3,06%, a 69,46/ centavos de dólar por libra-peso e, para Maio/2025, de 2,84%, a 70,80 centavos de dólar por libra-peso. No campo, dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mostram que 95,53% da área brasileira da safra 2023/2024 havia sido colhida até o dia 5 de setembro, sendo que 40,30% da produção esperada foi beneficiada. Na Bahia, o segundo maior Estado produtor do Brasil, 89,86% da produção havia sido colhida até o dia 5 de setembro; e 60%, beneficiada.

Em Mato Grosso, no mesmo período, a colheita somava 97% da área; e o beneficiamento, apenas 34% do volume retirado. Dados divulgados no dia 4 de setembro pelo Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) indicam produção mundial da safra 2024/2025 de 25,62 milhões de toneladas, 2,7% inferior aos números de agosto/2024, mas 6,21% acima da temporada anterior. O consumo mundial de algodão, por sua vez, permaneceu estimado em 25,87 milhões de toneladas, estável em relação a agosto e superando em 3,56% o da safra 2023/2024. A exportação mundial deve somar 10,07 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, recuo de 2,14% frente ao mês anterior, mas aumento de 2,02% no comparativo com a safra passada.

O estoque final pode ser de 18,41 milhões de toneladas, baixa de 3,61% sobre os dados de agosto/2024 e de 0,82% em relação à temporada 2023/2024, sendo este o menor volume desde 2018/2019, quando totalizou 17,99 milhões de toneladas. Quanto ao preço da temporada 2024/2025, o Icac aponta média do Índice Cotlook A de 94,00 centavos de dólar por libra-peso, variando de 92,00 centavos de dólar por libra-peso a 97,00 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.