ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Aug/2024

Preços do algodão não atraem interesse de vendas

O mercado brasileiro de algodão segue com os produtores adotando uma postura cautelosa, aguardando preços mais atrativos antes de fechar novos negócios. As cotações na Bolsa de Nova York apresentaram uma recuperação no início desta semana, com preços superando os 70,00 centavos de dólar por libra-peso. Os produtores que já fecharam contratos conseguiram preços mais favoráveis, e agora preferem esperar por condições mais favoráveis. No mercado interno, o preço do algodão em pluma caiu para menos de R$ 4,00 por libra-peso, alcançando o menor nível desde o fim de julho. Essa desvalorização é resultado de uma maior oferta interna, da queda das cotações internacionais e da diminuição na paridade de exportação.

O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, registrou queda de 1,43% nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,98 por libra-peso no dia 19 de agosto. No acumulado do mês de agosto, a retração é de 2,27%. Apesar disso, a média do Indicador em agosto ainda está 5,1% acima da paridade de exportação. Na terça-feira (20/08), o Indicador fechou a R$ 3,96 por libra-peso (-0,14%). Em dólar, fechou a US$ 72,58 centavos de dólar por libra-peso (-1,20%). O valor a prazo fechou a R$ 3,97 por libra-peso (-0,14%). A demanda internacional está enfraquecida. O governo chinês anunciou uma cota de importação de 200 mil toneladas para 2024, volume significativamente menor do que as 750 mil toneladas registradas em 2023.

Além disso, questões políticas em Bangladesh, um importante importador, também têm pressionado os preços. Por outro lado, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou e reduziu os estoques globais. A possibilidade de recompra de posições por parte dos fundos de investimento pode oferecer algum alívio ao mercado de algodão. Com grande parte da safra 2023/2024 já comprometida, os produtores continuam focados no cumprimento dos contratos a termo, o que limita a liquidez no mercado spot. Além disso, divergências em relação aos preços e à qualidade dos lotes oferecidos têm dificultado as negociações. Nas últimas semanas, as tradings aproveitaram o cenário para realizar novas vendas para a indústria têxtil no País.

A indústria têxtil brasileira tem mostrado uma melhora nas vendas e ainda não está completamente abastecida. O o movimento deve continuar, mesmo que não exclusivamente por meio das tradings. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que as exportações brasileiras de produtos têxteis registraram um desempenho robusto em julho de 2024, com receita de US$ 385,2 milhões, 91% superior ao valor de julho de 2023. Nos primeiros sete meses de 2024, as exportações totalizaram US$ 3,1 bilhões, mais do que o dobro registrado no mesmo período do ano anterior. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 18 de agosto, 65,2% do algodão da safra 2023/2024 havia sido colhido no País, um avanço de 9,9% em relação à semana anterior. Mato Grosso, principal Estado produtor, já havia colhido 63,9% da safra até o dia 18 de agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.