08/Aug/2024
O mercado interno de algodão em pluma iniciou agosto com preços em alta, revertendo a tendência de baixa observada em julho. A disponibilidade ainda restrita de lotes da temporada 2023/2024 e a preferência dos agentes por atender a contratos a termo com a fibra recém-colhida garantem cotações firmes. Parte dos vendedores mantém firmes os valores pedidos no spot, indicando que grande parte da safra já está vendida. Eles estão atentos aos avanços da colheita e do beneficiamento. As cotações do algodão no mercado spot registram alta de 2,09% nos últimos sete dias, a R$ 4,05 por libra-peso.
A alta é impulsionada pela oferta restrita e contratos a termo. O preço do algodão para exportação apresenta valorização de 2% no mesmo comparativo, atingindo R$ 3,95 por libra-peso no Porto de Santos (SP) e R$ 3,96 por libra-peso no Porto de Paranaguá (PR). O Indicador Cepea do algodão em pluma está cotado a R$ 4,05 por libra-peso (+0,28%). Em dólar, está cotado a 71,80 centavos de dólar por libra-peso (+1,75%). O valor a prazo é de R$ 4,06 por libra-peso (+0,28%). Em contraste com o mercado interno, os contratos futuros de algodão na Bolsa de Nova York estão oscilando, influenciados pelas cotações do petróleo.
O vencimento de dezembro da pluma subiu 43 pontos (0,64%) nesta quarta-feira (07/08), cotado a 67,73 centavos de dólar por libra-peso. Mas, a valorização da commodity é momentânea. A oferta abundante de algodão no Brasil, estimada em 700 mil toneladas, supera a demanda, o que deve pressionar os preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) recentemente revisou a safra norte-americana de algodão para 2,62 milhões de toneladas, contra 1,4 milhão de toneladas na temporada passada. Todos os grandes players consumidores estão abastecidos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/2024, o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações devem alcançar cerca de 2,6 milhões de toneladas. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 4 de agosto, 36,7% da safra brasileira estava colhida. Os Estados mais avançados são Mato Grosso do Sul (76,3%) e Goiás (70%). Nos maiores produtores, Mato Grosso e Bahia, a colheita estava em 31,8% e 44,9%, respectivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.