11/Jul/2024
A oferta ainda restrita e o aumento da demanda impulsionam os preços do algodão no mercado interno. Para atrair vendedores, os compradores têm ofertado valores mais altos. O movimento de alta ganhou força neste começo de julho e só não avança mais devido às cotações mais fracas no mercado internacional e à menor paridade exportação.
Ainda assim, os preços da pluma já se aproximam dos níveis de março deste ano. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias registra alta de 5,68% neste mês, a R$ 4,19 por libra-peso. A média do Indicador na parcial de julho está 2,2% acima da paridade de exportação, o que torna o mercado doméstico mais atrativo que o externo. Os vendedores seguem firmes em seus preços enquanto a safra não entra com força no mercado e optam por cumprir contratos já firmados neste primeiro momento.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), até o dia 4 de julho, apenas 7,2% da área estimada no Brasil havia sido colhida. O momento é de transição entre a entressafra e a entrada da safra nova. Em São Paulo, uma parte já foi colhida e em Mato Grosso, uma pequena parcela também. Na Bahia, a colheita está começando. Depois, vai entrar a 2ª safra de Mato Grosso, que corresponde a 70% da produção brasileira. Como o mercado interno consome apenas 30% da produção nacional, o mercado internacional dita o doméstico.
No caso do Brasil, o mercado saiu de uma entressafra difícil, com algodão disponível, mas de baixa qualidade, e agora começa a entrar a nova colheita, com um produto melhor e um pouco mais caro do que se esperava. Os compradores esperavam pagar R$ 3,60 por libra-peso pelo algodão, mas terão que desembolsar entre R$ 3,90 e 4,10 por libra-peso. A valorização da nova safra é atribuída à qualidade esperada do produto e à alta do dólar frente ao Real. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.