21/Jun/2024
Como há falta de fibra de qualidade no mercado, as fiações acabam pagando preços mais altos pelo algodão da safra velha, de 2022/2023. A colheita da safra nova da fibra no Brasil, referente ao ciclo 2023/2024, está na fase inicial, ainda sem lotes volumosos disponíveis no mercado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 16 de junho, apenas 3,1% da área plantada havia sido colhida. Assim, quem precisa de algodão no mercado interno paga o preço Esalq mais ágio. A indústria tem de desembolsar mais porque há poucos lotes de qualidade.
Embora os preços estejam oscilando tanto no mercado interno quanto no externo, as altas das cotações estão atreladas à posição firme de parcela de vendedores, sobretudo dos que ainda detêm a pluma de qualidade superior para negociar. Além disso, alguns comerciantes com necessidade de adquirir novos lotes ofertam valores maiores, no intuito de atrair vendedores. Os momentos de baixa são influenciados por cotações mais deprimidas no exterior.
Na Bolsa de Nova York, apesar da oscilação nas cotações verificada nos últimos dias, os momentos de alta são sustentados pela piora na qualidade das lavouras dos Estados Unidos e pela valorização do petróleo, enquanto as baixas são pressionadas pela projeção de maior estoque norte-americano e embolso de lucros. Ressalta-se que os menores patamares de preço externo têm desestimulado as vendas destinadas ao mercado internacional envolvendo a pluma de novas próximas temporadas. Por outro lado, há agentes que estão voltados à comercialização da nova safra para abastecimento interno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.